quarta-feira, junho 30, 2010

Ninguém é quem queria ser.

Olá.
Vou ser muito breve.
Estou farta de jogos.


Sim ou Não?

Sou básica e criança. Preciso de respostas a todos os meus "porquês".

segunda-feira, junho 28, 2010

idealizar

v t idealizar

1 imaginar
2 ter ideias pouco realistas sobre algo ou alguém


Um sorriso bonito.
Apenas um sorriso bonito.
Nada mais que um sorriso bonito.
Um sorriso bonito, uma mente pouco vulgar.
Um sorriso bonito, uma mente pouco vulgar, uma semelhança surpreendente.
Um sorriso bonito, uma mente pouco vulgar, uma semelhança surpreendente, um sentido de humor peculiar.
Um sorriso bonito, uma mente pouco vulgar, uma semelhança surpreendente, um sentido de humor peculiar, um perfeccionismo característico.
Um sorriso bonito, uma mente pouco vulgar, uma semelhança surpreendente, um sentido de humor peculiar, um perfeccionismo característico, um charme inato.
Um sorriso bonito, uma mente pouco vulgar, uma semalhança surpreendente, um sentido de humor peculiar, um perfeccionismo característico, um charme inato, um feitio terrível.
Um sorriso bonito.
Apenas um sorriso bonito.
Nada mais que um sorriso bonito.

quinta-feira, junho 24, 2010

SUE



[ When he went away, the blues walked in and met me / If he stays away, old rocking chair will get me - Billie Holiday ]

domingo, junho 20, 2010

Verdade absoluta.

I'm going slightly mad...

quinta-feira, junho 17, 2010

Confissões de uma jovem rapariga

(...) E foi então que em busca de um remédio inverso, e porque não tinha a coragem de querer o genuíno, que estava tão perto, e, infelizmente, tão longe de mim, em mim mesma, novamente me entreguei aos prazeres culpáveis, crendo reanimar assim a chama extinta pelo mundo. Em vão. Retida pelo prazer de agradar, adiava dia a dia a decisão definitiva, a escolha, o acto verdadeiramente livre, a opção pela solidão. Eu não renunciava a nenhum desses vícios em prol de outro. Misturava-os. Que digo? Cada um encarregava-se de esmagar todos os obstáculos do pensamento e do sentimento que teriam contido o outro, aliciando-se mutuamente. Cursava o mundo para me acalmar depois de uma falta e cometia outra logo que sossegava. Foi nesse terrível momento, depois da inocência perdida, e antes do arrependimento de hoje, que fui a mais apreciada entre todos, nesse momento em que, de todos os momentos da minha vida, tive menos valor. Julgavam-me uma rapriguinha pretensiosa e tresloucada; agora, pelo contrário, as cinzas da minha imaginação estavam ao gosto do mundo, que nela se deliciava. Depois do suicídio do meu pensamento, a minha inteligência era admirada, o meu espírito exultado. A minha imaginação dissecada, a minha sensabilidade estancada, eram suficientes à sede dos mais àvidos de vida espiritual, dado o teor factício dessa sede, tão fraudulenta quanto a fonte onde acreditavam saciá-la (...)

[Marcel Proust]

quarta-feira, junho 16, 2010

Breathe in. Breathe out.

É uma estrada gigante.
E eu sem desejar seguir em frente. Demasiado violento, como se me metessem uma sala escura pintada de preto sem portas e janelas. E eu como que claustrofóbica naquilo tudo, com o coração a mil à hora, com os joelhos a tremer e o estômago às voltas. As lágrimas mesmo mesmo à beira dos olhos. Fico quieta, muito quieta, quase a desejar não respirar, não existir, nunca mais abrir os olhos.
Sem acreditar um único segundo num simples gesto, num simples som de uma porta a abrir-se.
Em qualquer lado excepto ali. Qualquer lado mesmo.
É traição. A dor de uma traição. Para mim acção sem crença é traição.
Não sei mentir (excepto num ou outro assunto).
Não sei trair.
Por isso abro os olhos, inspiro fundo e escolho outra estrada.

segunda-feira, junho 14, 2010

Não posso dar-me a quem não me sabe prender.






(This is not a) Love song

I am the key to the lock in your house
That keeps your toys in the basement
And if you'll get too far inside
You'll only see my reflection.

[Radiohead]

sábado, junho 12, 2010

Niusha likes this.

quarta-feira, junho 09, 2010

Tempo(s)

Já viste?
E podíamos estar juntos agora. Até está a chover e tudo. Todo aquele espírito muito cinematográfico da chuva e do romantismo e por aí fora. Mas podíamos, já viste?
Ou podíamos nem estar juntos. Mas podíamos desejar estar juntos.
E já imaginaste?
Podíamos abrir uma garrafa de vinho. Podíamos ver filmes. Podias-me ensinar muita coisa. Podias discutir comigo e eu contigo e sempre sem chegar a nenhuma conclusão. Podia ter acontecido tanta se eu tivesse deixado, se tu tivesses querido, se tu e eu não fossemos teimosos, se a vida não fosse toda ela uma questão de timings certos e incertos.
Já viste?
Podia ter dado tudo tão certo e no entanto nem certo nem errado. Não dá em nada. Nem vai dar em nada.
Já viste?
Pois é.

sábado, junho 05, 2010

Requiem por um sono.

Era tudo mentira, e eu não quero acordar deste sonho que tive.

quarta-feira, junho 02, 2010

Fairy limão.

Acho que penso demais. Raciocino e pondero todas as hipóteses, benefícios, falhas, possibilidade de erros. Na prática, acabo por fazer sempre exactamente o contrário daquilo que estava a pensar. Vou com o impulso, com o instinto, sigo o que o meu coração (ou outra parte qualquer do sub-consciente) me diz para fazer. Ou então precisamente o contrário.
Acendo um cigarro no fogão. Vejo os bichinhos à volta da luz frágil da cozinha.
Sinto-me como se estivesse a flutuar algures por entre o perfume da brisa quente (de onde saiu isto?).
Penso de repente na Cinderela. Se a carruagem não se tivesse transformado numa abóbora à meia-noite? Se não tivesse havido carruagem sequer, mas uma limousine branca com duas garrafas de Moet&Chandon para beber a meias com o príncipe? E se a Branca de Neve tivesse acordado por ela própria, arranjado um emprego...?
O Dmitry costumava dizer para deixarmos de lado todos os livros de teatro e sobre teatro e lermos histórias. Na altura revolvi o meu baú e pus na estante todos os meus livros de criança. O polegarzinho, o barba azul, o gato das botas...
Ela. Ela era assim. E eu também fui assim há tempos atras.
E hoje está uma linda noite... e o cigarro sabe-me pela vida... e se pudesse tocava à tua camapainha agora, na esperança de me abrires a porta. Tudo isto só para veres que estou a sorrir.

terça-feira, junho 01, 2010

Fairy framboesa

E mais do mesmo.
Um copo de vinho tinto, as torradas com queijo.
Os cigarros.
O cinzeiro cheio.
O Tempo reencontrado.
O leveza de conversas temperadas com metáforas e ironias de meia-noite.
Está calor esta noite, não está?
Albertine, Françoise, Swann...
I could have danced all night and still have begged for more...
-Tens um bigode tinto. -Pois tenho.
I only know when he...
Deu-me de repente uma vontade de voar, voar muito alto.
E se eu fosse realmente uma gaivota?
O delirio.
O silêncio.
E o meu vinho e o meu cinzeiro sempre cheio.