quinta-feira, agosto 26, 2010

Tears to heaven

Passaram dez anos desde que te vi pela última vez e ainda assim, lembro-me como se fosse hoje do sabor daquelas coisas de carne que nem sei o nome.
Soube-me bem ter falado contigo hoje.
Ainda que não me tivesses respondido por palavras.
Ainda que não sejas, neste momento, mais que uma pedra com o teu nome gravado e o que ainda resta das minhas memórias.
... teve tanto medo de perder aquilo que nem sequer podia dar por conquistado que se escondeu debaixo dos lençóis e fechou os olhos.

quinta-feira, agosto 19, 2010

'conceit of this inconstant stay'


«When I consider every thing that grows /
Holds in perfection but a little moment
»
Soneto15. Shakespeare

sábado, agosto 14, 2010

(Mal de mim) prendeu-me o coração.

Este blog é ridículo pelo seu exagero.
Pela dimensão de coisas irreais que aqui são descritas.
Pelas tentativas sem sucesso de filosofar sobre sentimentos desconhecidos.

Não me apetece escrever.
Ando a viver coisas bonitas que, desta vez, são reais e não as quero descrever.
Quero guardá-las para mim. E para ti.

quarta-feira, agosto 11, 2010

Tejo

Odeio-te por me separares.
Adoro-te por me trazeres até lá.

quarta-feira, agosto 04, 2010

Tira a mão do queixo, não penses mais nisso...

Não quero pensar mais. Não quero ter certezas. Não quero nada como garantido. Não quero saber.
Quero sorrir quando te vejo e ficar triste quando vais.
Quero sonhar com dormir contigo.
Quero perder-me nos teus olhos e não acordar.
Quero escrever sobre o teu sorriso, o teu franzir de sobrancelha, as tuas mãos, os teus pés, os teus braços à minha volta, a tua maneira de cozinhar, os teus mil e um sotaques de inglês, as tuas piadas, o teu cabelo, as tuas birras.
Não quero pensar.
Quero continuar. Enquanto houver estrada para andar.

segunda-feira, agosto 02, 2010

More than just a game for two

Tenho um aperto no estômago. Tenho mesmo, sabes?
E tenho medo. Tenho mesmo... Sabes?
Eu sei que tu sabes, já sentiste isto, eu sei que sim. Não por mim, não comigo, claro que não.
Mas eu sim. E contigo. Sabes, é tão estranho...
Tenho quase receio de me ir deitar, porque já me habituei ao teu abraço... Quase que já nem sei adormecer sem um beijo na testa e acordar sem te ver...
É ridiculo, sabes. Eu sei que é. Ridículo.
Mas, sabes, eu sempre desejei alcançar este ridiculo...
Da mesma forma como é ridículo sentir saudades tuas quando se passaram apenas umas horas... E é ridículo desejar que o tempo passe apenas para te ver.
Eu não sou assim. Nunca fui. Sou fria e céptica.
Mas tenho um aperto no estômago... Tenho mesmo, sabes?
E isso eu não sei explicar.
Nem quero explicar.
Nem devo explicar.
Agora, sussurra-me ao ouvido todas aquelas coisas, agarra a minha mão e diz-me que não estou a sonhar, porque se estiver, não quero acordar.