sexta-feira, abril 30, 2010

rien de rien

«Se fosse possível explicar-te tudo não precisarias de perceber nada»

terça-feira, abril 27, 2010

Diz que é saudável.

Chateada, irritada com a greve dos comboios e impossibilitada de ir até às aulas, peguei no cão e fui dar um passeio de duas horas pelo paredão.
De repente, a vida pareceu-me tão pura e bela e simples... Como se eu fosse pequena outra vez (Não resisti. Até comprei um Perna de Pau). As pessoas eram as mais variadas e engraçadas. De velhos a putos, a chungas e betinhas de collants com 30 graus na rua...
Es donos dos cães?Ah como eu tinha saudades dessas pessoas com quem as conversas são tão simples ("Que idade tem?", "É um ele ou uma ela?", "Não se preocupe, ele não morde"). E os casais velhinhos que se sentam à beira-mar? Parecem estar juntos há mil anos e continuam felizes. E a típica imagem do pai a ensinar o filho a andar de bicicleta? E os turistas com a tradicional sandália e meia branca? E as pessoas que, tal como eu, ficaram presas pela greve e ficaram-se pela esplanada a beber a bela da imperial? Tudo isto junto, mais o pôr-do-sol, mais o anoitecer, mais o meu querido Sunnie a fazer uma birra descomunal para ir à àgua ("Não podes bébé, tiveste agora uma otite...").
E sim, a vida é bela. É maravilhosa. E.... coiso.

Krall

"Se eu te pudesse dizer o que nunca te direi, tu terias que entender aquilo que nem eu sei!"

sábado, abril 24, 2010

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Não aconselhável a pessoas que sofrem de doenças cardíacas, sistema nervoso fraco, sensibilidade verbal... Aliás não aconselhável a qualquer pessoa normal.

Segue-se.

19 anos neste mundo e continuo a ficar surpreendida cada vez que me deparo com anormalidades de carácter educacional. Ou seja, quando vejo criaturas (se é que se pode dar o mesmo nome a uma girafa e a um ser humano execrável) mal-educadas que devem ter tido falta de amor na infância/adolescência/qualquer outra etapa de crescimento. Não sei, minhas bestas, o que é que vos falta, o que é que vos fode o juízo ou qual outro problema é o vosso. Não é desculpa. Todos temos uma vida bué fodida, meu, todos temos os dramazinhos existênciais e todos sofremos de falta de dinheiro e 50% de nós (e com isto refiro-me à população feminina mundial) sofremos de mau-humor/dores/vontade de mandar toda a gente para o caralho, uma vez por mês. Não é desculpa. Para nada.
Ah e tal, vivemos em democracia, somos todos amigos, somos todos bué da artistas e temos personalidades complicadas, no facebook gostamos todos uns dos outros e a hierarquia é uma coisa ultrapassada do tempo das nossas trisavós (essa espécie extinta). O caralho, meus amores. O caralho! Lamento imenso se as vossas queridas mamãs não vos davam sopa de legumes quando eram crianças, lamento mesmo se ninguém vos ensinou a diferença entre uma conversa de café com os vossos amigos e com o vosso superior.
Irrita-me. Irrita-me profundamente. Aliás, minto. Não me irrita. Os olhos saem-me das órbitas quando vejo o dedinho do meio (geralmente enfeitado com um anelzinho da moda) apontado não a um cabrão que vos deve ter feito a vida negra ou a uma puta de merda com o rabo à mostra por baixo de um cinto (perdão, saia) que vos deve ter roubado o namorado (esses sim, podem merecer não só o dedo do meio, mas o punho todo bem fechado num murro directo na tromba), mas a um colega de trabalho, um professor, um superior, seja quem for que não os supra-citados. Fico realmente fodida quando vos vejo a falar de profissionalismo quando nem ideia fazer do significado desta palavra. Não sabem. Tirem a porra do cavalinho da chuva. Não sabem. Ainda não vos passou a puberdade (sim, ainda têm a cara cheia de borbulhas) e já se acham donos do mundo? Sim, meus meninos, antes de nós nascermos já havia gente a trabalhar e a fazer coisas. Por nós. E o respeitinho é uma coisa bonita. Não conhecem? Pois, é uma pena. Experimentem ler qualquer coisa para além dos panfeltos do Taste of India.
O caralho que vos foda. Chamem-me moralista. Chamem à vossa vontade. Mas fodem-me o juízo e acabo o meu Sábado a escrever sobre vocês e para vocês, criaturas banais, básicas e pseudo.

terça-feira, abril 06, 2010

O ontem chegou de repente.

De novo é Primavera. Chega uma nova estupidez para substituir a que passou.

Kobayashi Issa