terça-feira, outubro 30, 2007

Camarim

Quero que chegue amanhã.
Quero olhar-me no espelho e ver o que vejo todos os dias.
Quero despir a minha pele e substitui-la por vestidos compridos.
Quero desenhar no meu focinho uma face nova e sorridente.
Quero esconder o meu cabelo por baixo de litros de laca.
Quero voltar a olhar-me no espelho e ver-te. Ver-te a ti. Outra que não eu.
Quero sair, fechar a porta e deixar-me pendurada nas costas da cadeira.
Quero que chegue amanhã.

Now...

Bring me that Horizon...

segunda-feira, outubro 29, 2007

Simphony for wings

"Porque é que as pessoas não voam como os pássaros?" diz ela...

É aqui que começa a tempestade.
Aqui e agora.

Se queres voar, atira-te.

Mas aqui. E agora.
São como as folhas alaranjadas do Outono. Há sempre um momento em que dás tudo para apanhar uma delas, interromper o seu percurso que vai dar ao chão, segurá-la na tua mão por instantes... E deixá-la cair. Então porque é que as agarramos? Ou então... seguimos o nosso caminho com a folha na mão, levamo-la para casa e deixamos lá.
As pessoas são como folhas...
As pessoas...

domingo, outubro 28, 2007

Classe?

"Whatever happened to fair dealing
And pure ethics
And nice manners?
Why is it everyone now is a pain in the Ass?
Whatever happened to class?

Oh, there ain't no gentelmen to open up the doors,
There ain't no ladies now there's only pigs and whores
And even kids'll knock you down so's they can pass
Nobody's got no class!"

Chicago- The musical (Class)
"Se é para ti que eu danço?
Danço para mim

Mas esta noite, sim, a minha dança foi para ti."

sábado, outubro 27, 2007

sexta-feira, outubro 26, 2007

Big, big mistake... Huge

(Luzes, luzes... que vou dizer aqui um monólogo)

Desculpa, sim?
Desculpa por não ter percebido mais cedo.
Desculpa lá ter feito tudo à tua maneira.
Desculpa ter vivio à minha maneira.
Desculpa, a sério, por nunca teres acreditado em mim quando te disse a verdade.
Desculpa... Desculpa, desculpa, desculpa-me... Ter deixado de ser eu para me dares um bocadinho de ti.
Desculpa aí...
Desculpa estas linhas.
Desculpa um pequeno pormenor. Já acordei.
Desculpa-me mas a minha fasquia aumentou.
Desculpa não ter dito isto mais cedo.
Mas é que foi preciso um bocadinho de tempo para me aperceber deste pequeno grande erro. É que o meu metro e meio é grande de mais para o andar a desperdiçar por aí...



Prova que sim. E aí, pode ser que sim.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Pensamento piquinino

Penso que já sou tão velha, que já vivi tudo, já sei tudo... "sei como se deve viver" volto a citar a outra... Penso que os melhores anos já lá vão... Penso que fiz tudo da maneira errada, penso que tenho um peso às costas...
Mas...
Dou por mim a verificar no passaporte... Tenho 16 anos. O que sei eu da vida a não ser que ela está aqui?

segunda-feira, outubro 22, 2007

Para onde é que foram todos aqueles bons momentos?
Ou porque é que tiveram que ir?
E mais...?

Estarei a sonhar?

Não tenho passado muito tempo em casa... E quando cá estou é para trabalhar e, quando sobra tempo, dormir.
Qual não foi o meu espanto quando, hoje de manhã, saio de casa com a minha mãe para apanhar um bocadinho de Sol de Domingo antes de ir para... bom para lá. E este é o cenário com o qual me deparo:

A minha rua fez cenário para um anúncio da TMN. Agora não me perguntem o que é que peluches têm a ver com telefones... Nem o homem do altifalante sabia.

sexta-feira, outubro 19, 2007

NÃO HÁ TEMPO
NÃO HÁ TEMPO
Só estou a pedir um momento, um minuto, uma hora, um segundo....
PAUSA!!! Por favor... PAUSA!!!
Não consigo, não consigo!
Mete uma didascália aqui, tira este dali.
Decora a Lisette aqui.
Dança a valsa.
Mete um bocadinho de Ophélia ali... Esquece a Gertrudes... Essa fica noutro sítio.
PAUSA!!! PAUSA!!! Só um momento!
Não consigo! Não aguento!
Das 9 às 7...
Das 8 e meia às 11 e meia...
Ah... tens que comer. Tens que dormir. Tens que trabalhar.
PAREM!!!!! ABRANDEM O TEMPO!!!
Só estou a pedir um momento... para fechar os olhos e dormir... só um momento...

quarta-feira, outubro 17, 2007

Gostava de ser como tu.
A sério.

terça-feira, outubro 16, 2007

Dia-a-dia de...

Acordei com o som de uma abelha a voar. Espreguicei-me no sofá e deixei-me ficar deitado de olhos abertos.
O Sol já batia à janela. Levantei-me e fui até à varanda... Estava um dia lindo. Se pudesse ía para a praia e entregava-me às ondas até anoitecer. Passeei-me de um lado para o outro envolvido em pensamentos... Hoje a minha cabeça estava ocupada com o sonho que havia tido. Vi-me fechado num caixote do lixo rodeado de restos de comida... Não conseguia sair.
Trrriiim-trrriiiim, trrriiim-triiiim. O sossego matinal fora interrompido pelo horrível som do despertados vindo do quarto ao lado. Avistava-se o começo do pandemónio. Rotina.
Fui até ao quarto dela. Para variar, o primeiro toque do despertador não surtira efeito nenhum. Ela continuava deitada enrolada no cobertor. Deitei-me ao lado dela e beijei-lhe as bochechas e o nariz. Ela detesta que eu faça isto logo de manhã. Acorda logo e expulsa-me da cama.
Aconteceu tal como previ. Empurrou-me e sentou-se na cama. Hoje estava com um ar especialmente ensonado. Já sabia... Na noite anterior mal dormiu. Ficou até às tantas agarrada ao livro. Levantou-se e fechou-se na casa de banho.
Aproveitei a ausência dela para espreitar o livro. Confesso que não percebi nada. Prefiro as aventuras de Sherlock Holmes... Nunca descubro o culpado.
Barulho do outro quarto. Ele sai do quarto e começa a refilar com ela que está a tomar banho. A outra vai para a cozinha.
Começa assim mais uma manhã cá de casa.
Juntei-me à mais velha na cozinha. Ela abraçou-me e fez-me festas enquanto bebia o seu café.
Falou comigo como se eu fosse uma criança... Quando é que vai perceber que um ano meu vale sete dos dela? Já não tenho 5... tenho 35.
Fui passear com ele. Os dois. Só homens. Se pudesse tinha-lhe dito tudo o que penso sobre as suas atitudes ultimamente. Mas ninguém me perguntou nada. A relva cheirava hoje especialmente bem e o Sol aquecia-me as orelhas. Não me apetecia nada ir para casa. Mas por outro lado, iria ficar umas horinhas comigo mesmo a pensar no meu sonho.
Às nove da manhã a casa ficou finalmente vazia.
Despachei o meu pequeno-almoço (frango com arroz e legumes) um bocado à pressa e fui, uma vez mais, para a varanda apanhar sol.
A minha solidão estava constantemente a ser interrompida. Primeiro por duas moscas que não se calavam. Tive que lhes arrancar as asas para ver se faziam um bocadinho de silêncio. Depois por uma lagartixa que decidiu reclamar pelo espaço (MEU!) na varanda. Depois de um par de discussões com os vizinhos adormeci.
Acordei quando a outra chegou. Vinha aborrecida. Esteve a conversar comigo e eu consentia com o olhar. Nunca lhe respondo. Acho que lhe faz bem falar sozinha.
Depois isolou-se a ouvir valsas. Nunca percebi porque é que insiste em ouvir a mesma música dias e dias seguidos. Durante horas. Ora a mim, aborrece-me.
Deixei-a com as suas músicas, com as suas valsas e pus-me a fazer zapping na televisão. Gosto especialmente de ver anúncios. Se bem que a sua qualidade tem decrescido. Agora usam-se demasiados efeitos de computador. A meio da tarde, a outra abandonou as valsas e estivemos a brincar com a bola. Acho que a consegui divertir.... Como estava cansado, adormeci.
À noite, ele ligou a dizer que vinha tarde. Fiquei eu nomeado de homem da casa. Fiquei a tratar das minhas meninas, minhas mulheres. São engraçadas elas. Tão parecidas. Fomos passear os três, mas não me estavam a ligar nenhuma. Pareciam entretidas com uma conversa da qual apanhei apenas alguns nomes que já tinha lido num livro dela. Sentaram-se no banco de jardim enquanto eu punha a conversa em dia com o Boris. Mas o Boris ainda é novinho. Vem de uma família muito casual. Nada de excêntrico, como a minha. Eu cá prefiro as minhas meninas e ele.
Quando cheguei a casa lembrei-me que durante todo o dia não voltara a pensar no meu sonho. No tal do caixote do lixo. Também não tive tempo de o fazer durante o resto da noite. As meninas não paravam quietas. Falavam alto, voltaram a ouvir a tal música que já me enjoa e quando tentei fugir aos sons desagradáveis aos meus ouvidos, ela decidiu dançar comigo. É maluca. Completamente. São as duas, aliás. Eu não sei dançar... Pisei-lhe os pés uma data de vezes, mas ela nem se chateou- Não parava de rir.
Finalmente estão a dormir e tenho acesso ao computador.
Sei que ela vai achar que está maluquinha quando acordar amanhã e ler no blog um texto escrito por mim. Vais pensar que foi um dos seus amigos estranhos que resolveu pregar-lhe uma partida. Não vai acreditar.
Mas, que me desculpe, sempre senti este desejo de escrever e de contar a alguém um dia meu. Um dia desta vida.
Desta vida de cão.

Sunnie
É hoje... Já posso dizer que é hoje...
No ontanto todos os "ontens" que passam como um súbito flashback trazem-me uma estranha sensação de qualquer coisa cujo nome não foi ainda inventado.
E tudo o que me resta sem ser o cheiro desse súbito e subtil flashback... Uma rosa branca que eu tomei por amarela e um desenho feito num guardanapo de papel.

segunda-feira, outubro 15, 2007

O rato assaltou a ratoeira.

O momento auge do meu dia...
Consegui adormecer no banco do jardim enquanto o cão ía saltitando de um lado para outro... Quando acordei não vi cão nenhum... só vi que 12 minutos passaram num segundo.


Viver a vida é como guiar um carro. A estrada é-nos dada e não sabemos o que vem a seguir à curva. Nas mãos o volante e basta carregar com força no gás para acelegar e no travao para parar. E no meio disto tudo, o rádio dá um soundtrack à coisa.

domingo, outubro 14, 2007

Looking glass

Ganhei coragem, fui até ao espelho.
Olhei para a pessoa que lá estava, reparei em todos os pormenores...
Ganhei coragem e disse-lhe, primeiro baixinho e depois bem alto:
Adoro-te.
Não sei... mas pelo sorriso acho que ela acreditou.


É como diz o anúncio... Se eu não gostar de mim, então quem...?

sábado, outubro 13, 2007

quinta-feira, outubro 11, 2007

Mi casa, su casa, nostra casa.


Moças e Geringonças que já passaram ontem.
"Mães" gritados por Hamlets em fúria, Hamlets políticos. Choros de Ophélias que a pouco e pouco vão ficando loucas. Actores de boa fé que invadem a Zita, hoje.
Esperanças de vir a enfrentar a Bernarda, enquanto se luta pelo Astyanax, amanhã.
Os comboios param em Cascais, porque a Mané grita.
Somos estúpidos quando a perna não estica.
Tentamos inutilmente descobrir a origem de um texto, falhando em todos os pontos.
Tentamos perceber a diferença entre Platão e Aristóteles.
Tentamos...
Vamos tentando.
Vamos vivendo.
Tudo isto é quotidiano, tudo isto é solidão, tudo isto é união, tudo isto é amizade, ensaios e discussão. Tudo isto é depressão. Tudo isto é esperança.
Tudo isto é o que temos, tudo isto é ao que nos agarramos.
Tudo isto é EPTC.

quarta-feira, outubro 10, 2007

As formigas... Essas piso-as eu.

terça-feira, outubro 09, 2007

...

No final de contas... O que conta são as reticências...

segunda-feira, outubro 08, 2007

Bon Voyage



Deve estar para breve... Boa viagem. Muita Merda.

Pelos "Niusha cala-te.". Pelas conversas sobre tudo e nada. Pelas opiniões contrariadas. Pelas discussões. Pelos filmes. Pelas portas trancadas. Pelos lençóis lavados. Pelo copo de leite à noite. Pelo carinho. Pela pancada. Pelos ataques de riso. Pelas canções de embalar. Pelo James Dean, pelo Matt e pela Scarlett. Pelos cafés. Pelos livros. Pelas "Donas de casa". Pela comida. Pela bebida. Pelos ataques do Edgar. Por refilares, Rafa. Pelos "odeios". Pelo shampô e pelo creme. Pela paciência e pela falta dela. Pelos minutos, pelas horas, pelos segundos. Pelos passeios. Pela ansiedade de andarem de avião. Pelas despedidas. Pelas recebidas. Pela diferença semelhante.
Porque eu não vos podia ver nem pintados.
Porque aprendi a gostar de vocês.
Porque este texto muito provavelmente é dos piores que já escrevi.
Porque as fotografias estão uma boa porcaria.
Porque quero um postal de L.A.
Porque serás para sempre a minha criança preferida, Eddie.
Porque és o oposto do teu mano, Rafa.


Um dia... Um dia vão voltar a abrir-me a porta. Um dia vão voltar a fazer-me ovos mexidos com fiambre para o jantar. Um dia vão voltar a trancr-me a porta. Hoje... não é o dia. Nem amanhã. Mas esse dia virá. Até lá....

domingo, outubro 07, 2007

Leite com manteiga e mel

Dói-me tudo. Estou doente.


Até cheiras bem...





Ao menos chovesse....

sábado, outubro 06, 2007

Como é que será que as fazem todas iguais?

-Devem usar uma máquina...

Isto sou eu.

Quero um chocolate quente. Por favor, levem-me a um sítio onde haja chocolate quente. Eu preciso de um chocolate quente... daqueles com chantilly por cima e aparas de chocolate. É a coisa que mais me apetece neste mundo!
(...)
Chocolate quente? Não. Tomo só um café obrigada.

-Pensei que gostasses de girassóis.
-Sim... Ontem gostava. Hoje quero túlipas.

-Vem ter comigo... Tenho saudades tuas. Apeteces-me.
-Agora não.
(...)
-E se eu te fizer uma visita?
-Ai não... Hoje não. Hoje apetece-me ananás.

sexta-feira, outubro 05, 2007

The boss is the cat named Joe

He wears a red bandana, plays a blues pianna
In a honky-tonk, down in Mexico
He wears a purple sash, and a black moustache
In a honky-tonk, down in Mexico

quinta-feira, outubro 04, 2007

Get OPH me...

Lembra-te...
Lembra-te...
Se não o fizeres ninguém a faz por ti. She's not easy. Ophélia...
Lembra-te...
Os joelhos tremiam. Não digas que não.
Não te queria ouvir, não era? Não digas que não.
Foi com a melhor das intenções, não foi? Não digas que não.
"Podemos falar?" ("Não!"). Não é?
Dói. Não digas que não.

"...e com elas palavras compostas por tão doce alento que as coisas se tornaram mais preciosas". Não digas que não.
"Quando quem dá mostra rudeza, os mais valiosos presentes empobrecem". Não digas que não.

VAI PARA MOSCOVO! VAI E NÃO VOLTES! MAS SE QUERES FICAR, LEMBRA-TE...

Mas... que... o quê?

P.S: Sai. Não me toques. Tenho medo... Já não te conheço.

quarta-feira, outubro 03, 2007

blame it on my youth

Tenho cada vez mais certezas o que cada vez me trás mais dúvidas.
Por exemplo, tinha tanta coisa para dizer, mas esqueci-me.
Tencionava chorar, mas acabei a rir.
Tenho tanto por fazer, tanto por ver, mas neste momento tenho 1000 ideias na minha cabeça e nem sei por onde agarrá-las.
Quero visitar 1000 sítios, conhecer 1000 pessoas, ler 1000 livros.
Sou tão nova... Quero tudo! Quero tanto! Quero sentir, quero sonhar, quero viver, porra...
Impulso, emoção, ....
Just blame it on my youth

E o Shakespeare, e o Hamlet, e a Ophelia (doce, Ophelia, nimfa...), e a Gertrudes... E a minha cabeça já anda à roda...
...blame it on my youth
E o texto transforma-se a pouco e pouco num conjunto-de-frases-pseudo-lamechas, mas que se lixe, não é?

E no final de tudo isto... só posso dizer que...

We'll always have Paris

terça-feira, outubro 02, 2007

Let's start from zero

Porque não me apetece apagar os textos antigos.
Porque não me apetece criar um blog com outro nome/formato/cor...
Porque não me apetece...
Mas apetece-me sinceramente, passado um ano, recomeçar do zero.
Fingir que abri isto tudo hoje.
Recomeçar a escrever com redobradíssima inspiração (há disso?)

So...

Let's start from zero.