sábado, março 27, 2010

I'm just like you

(only smarter and better-looking)

terça-feira, março 23, 2010

Porque é que eles falam do tempo, de futebol e política, quando há anedotas?

domingo, março 21, 2010

mad men

-We should get married...
-You think I'd make a good ex-wife?

(Mad Men, T1E1)

sábado, março 20, 2010

37.7

Estou com febre, de nariz entupido, a tossir que nem um cão, com um documento aberto para trabalhar há duas horas (e sem adiantar uma letra que seja), a fumar um cigarro (que irónico) e com uma vontade imensa de despejar aqui um monte de palavras sinceras.
Lembro-me da escola de teatro. Dos cinco anos e dos três e de agora.
Os três anos estão bem enterrados num sítio onde eu não os veja (as coisas que trouxe de lá, existem ainda hoje, as outras, esqueço-as).
Vejo hoje o quanto eu não era, o quanto achava que queria ser e como foi tudo em vão, inútil e de um comportamento exemplar do que não se deve ser nunca.
Vejo hoje que é pela simplicidade e pela simpatia. É sempre por aí. E nem dá dores de cabeça.
Lembro-me de ti. Nós que nos demos tão bem, e depois nos demos tão mal, e quanto indiferentes somos afinal. É inevitável não me lembrar de ti em qualquer momento mais nostálgico.
Vou percorrendo tudo, censurando e sorrindo.
Mas nada importa. Já não sou aquilo que era há um ano, nem quero voltar a sê-lo nunca.
E olho com olhos de mãe para todos os que ainda estão dentro daquelas quatro paredes, pois os amo. Amo de coração, admiro e apoio.
O resto... é febre e sono.

quarta-feira, março 17, 2010

se eu soubesse sentir, amar-te-ía.
não sabendo, contento-me com a sensação de sorriso na boca.

sábado, março 13, 2010

Alcântara - Estoril

Trinta e sete minutos de viagem a chorar compulsivamente.
Umas quantas voltas antes de chegar a casa mas tive que entrar porque não trazia chave.
E na televisão o Michael Corleone quando era bébé.

Plágio

Quando se voltaram a ver já não tinham nada para dizer um ao outro.
Já tinha passado tanto tempo desde a altura em que trocavam palavras, fossem elas escritas ou ditas. Olharam-se nos olhos e apenas viram lágrimas, e talvez, lá no fundo, aquilo que eles tinham sido. Talvez não tivesse sido nada, apenas o fogacho normal que a juventude traz a todos nós, mas na altura tinha tido toda a importância. As coisas são importantes enquanto as vivemos, depois vamos aprendendo a relativizar aos poucos (e talvez seja esse o mal). Não trocaram qualquer palavra sobre o passado e não tinham nada para falar acerca do futuro. Já não tinham nada a ver um com o outro, já não se reconheciam. No entanto, as lágrimas continuavam a cair-lhes pela cara, e eles faziam um esforço para imaginarem aquilo que podiam ter sido, aquilo que podiam ser, aquilo que nunca serão. Tinham vivido a idade das ilusões e tinham-nas guardado como se se tratasse de algum objecto de valor.
Por fim, abraçaram-se.
Não sabem dizer por quanto tempo, também o tempo não é importante para estas coisas, apenas o gesto.
As lágrimas pararam de correr e conseguiram, por fim, sorrir.

Renato Silva (Camarim)

quarta-feira, março 10, 2010

Silêncio.

A casa.
A cozinha.
A sala.
Torradas para o jantar.
Chá de jasmim.
Cigarros.
Dostoievsky.
O ressonar do cão.
A lágrima que vai escorrendo devagarinho do olho direito.
E o quarto está mais silencioso ainda.

terça-feira, março 09, 2010

Capítulo 9. Même.

Ela é curiosa e vai sempre até ao limite mesmo sabendo que depois o retorno é difícil.
Ela não sabe o que quer. Só sabe o que não quer. E mesmo isso vai trocando de dia para dia.
Ela ri quando quer chorar e chora quando não há motivos.
Ela gosta de brincar. Tem o vício de viver mentindo.
Ela... ela não o conhece. Ela tem frios na barriga só de ouvir o nome e parece mais uma brincadeira engraçada. Ela há-de ir até ao limite. Ela há-de se meter em mais uma alhada e vai acabar a rir às gargalhadas. Ou a chorar sem motivos.

domingo, março 07, 2010

"Gosto de si. Valha-me Deus! Até parece que... amo!"