terça-feira, junho 19, 2012

Mísera sensação de fazer mentalmente a lista de compras para o dia seguinte enquanto toca Tom Waits.Que se foda digo não digo não sei não quero saber já me perdi nos meus próprios sentimentos sensações emoções. Unhas roídas em mãos desarranjadas à mercê de um banho de emersão que me comprometi a tomar. Que se foda digo. Digo desdigo não sei.

segunda-feira, junho 18, 2012

Nostalgie

E vem a sensação intemporal de abrir o 2ºmaço de tabaco, acender um cigarro.
Ter a voz da Billie a tocar para mim.
Esticar-me no chão, deitada, como um gato, a ter imagens a passar na minha cabeça.
Coisas que gosto.
Que não gosto.
Que tenho saudades.
Outras que queria esquecer.
Outras que sei que me lembrarei para sempre.
Foi um dia de merda. Isso foi. Podia ter lido um livro e não li. Ter visto um filme e não vi. Tomado um banho de emersão ao menos e não tomei. Saído à rua, respirar ar puro e não saí. E logo quando me apetecia tanto ir dar um passeio, tomar um bom banho, ver um filme e esparramar-me no sofá com um livro.
E agora são 3 da manhã e não durmo, sem saber exactamente o porquê. Vou fumando, vou ouvindo, vou pensando, imaginando e deixando-me cair na ténue sensação de aborrecimento compulsivo.
Não, em vez de ir dormir com um sorriso na cara, vou alimentando esta pseudo-depressãozeca a ver no que dá.
Tédio.
O prazer do tédio que nos da a ilusão da superioridade quase divina. Como a das grandes heroínas da literatura europeia. Gostava de ser uma dessas. Talvez venha daí este momentâneo prazer do tédio.

Bolas, eu com 17 anos escrevia melhor que isto.

 

domingo, junho 17, 2012

Quem quer que seja a pessoa

Que inventou a noção "EXAME NACIONAL", devia levar no cu de um cavalo. Com força.

Atenciosamente,
Eu.
O sol já nasceu.
Não bebi vinho esta noite, mas bebi todo o ar fresco das ruas e adormecerei tranquila.

quinta-feira, junho 14, 2012

Olhar(es

Quando o sol brilha, tudo parece muito mais simples.
E eu tenho muita sorte.

terça-feira, junho 12, 2012

Bem-vinda a casa (numa voz bem calma)

Acabada de entrar, pensava como reconforta a alma
Nunca tão poucas palavras tiveram tanto significado
E de repente era assim, do nada, como um ser iluminado -
Tudo fazia sentido, respirar fazia sentido,
Andar fazia sentido, todo o pequeno pormenor em pensamento perdido

E, de repente, voltar a esta casa aconchega-me.
Voltarei a escrever.
Mas devagarinho, ainda agora aprendo a viver.

Boa tarde!

P.S: Se vieres espreitar este sítio (duvido que o faças, mas ainda assim), evita pensar mal de mim. Não é que me importe, apenas sei como é fácil perder tempo a julgar em pensamento algo ou alguém que não tem culpa. A realidade não é como a mente. É bem mais fácil. Bem mais real. Bem mais bonita. 
Se vieres espreitar este sítio (duvido que o faças, mas ainda assim), toma um beijo para te aconchegar nas noites frias, nas noites quentes, um beijo que guarda a memória. E não há nada de mais belo. A memória. Ela faz com que o coração não seja um lugar vazio.