quarta-feira, dezembro 30, 2009

'09 - faz frio cá fora, faz tanto frio cá fora.

O ano está a chegar ao fim e eu estou lamechas ao máximo, com uma música a acompanhar e uma chávena de chá de camomila. É a noite perfeita para ver uma retrospectiva diante dos meus olhos e para me lembrar de tudo o que se passou nestes curtos 365 dias.

Lembro-me que começou tão bem, numa vida quase dupla, a correr a mil à hora. Entre a EPTC, onde nunca me tinha sido tão difícil de entrar (Mas que agora me dá tantas saudades, ou não fosse a minha segunda casa) e a ACT que me ofereceu um refúgio e uma janela de ar fresco.

Lembro-me das tardes e noites no casino com os meus meninos do Happy. Das longas conversas no smart amarelo, das confusões tão desnecessáriamente disparatadas, das sestas no camarim a cheirar a incenso, de tudo o que aprendi ali, das discussões com os porteiros que ainda agora me sorriem cada vez que lá vou.

Foi o ano que quase nos destruiu. O ano em que morreram muitos que gosto, o ano em que quase saíste de casa e tu quase desististe de nós. Mas estamos juntos agora, e isso é que conta.

Foi um ano em que pensei que não ía voltar ao normal. Dois meses apagaram-se da minha memória, o meu cabelo sofreu uma mudança drástica e a minha mente quase se desfez em pedaços. Mas renasci (Obrigada C.Sebrosa) e, talvez, mais em mim do que antes.

Vou-me lembrando enquanto escrevo de cada pessoa que conheci. Dos amigos que entraram no meu coração e de pessoas que desapareceram por aí. Pessoas que se abriram para mim numa nova perspectiva, outras que me desiludiram. Lembro-me de cada conversa que tive. No aconchego do Alentejo, na loucura do Montijo, na partilha pelos bares do Bairro Alto e Cais do Sodré a falar espanhol, em Paço de Arcos, em Cascais e em Alcântara.

Lembro-me da sensação de olhar nos olhos de alguém e sentir que nunca mais deixo essa pessoa e vou protegê-la para sempre. O bébé que animou a nossa casa vai crescendo e sorrindo com o meu sorriso.

Desisti este ano, pela primeira vez. Abandonei a viagem para Moscovo para ficar cá. Já me arrependi e já agradeci por isso.

Este ano experimentei um milhão de coisas novas (incluíndo trabalhos de empregada de mesa e pinturas facias, entre outros), cresci e sou, talvez, mais eu.

Estou ainda mais lamechas do que no início e vou percebendo que o ano, afinal, não foi assim tão negativo como o pintei. Nem vou reler o que escrevi. Saiu-me assim, nada do que queria, sem qualquer metáfora que tanto gosto. Preto no branco... e com esta música a tocar pela décima-nona vez consecutiva. Nada a fazer.

Venha 2010... and bring the new horizons

sábado, dezembro 26, 2009

Bitter:Sweet

Dance with me across the ocean floor
Sail away to heaven's open door
Step right up you're the next contestant
In this sweet charade
Take a number, wait while I twist your fate

(...)

Hold me close enough to drink my rose
The devil in my pocket turned to gold
Sorry to warn you, you're in a daze
Tonight I'll love you, but tomorrow go away

What should I do?

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Feliz Natal!

... miles away

É a primeira vez que me sinto realmente vazia sem ti. Não faz sentido não estares cá amanhã a discutir o menu. Não faz sentido embrulhar as prendas por vontade própria sem tu apareceres a pedir ajuda porque não tens jeito nenhum para isso.
Sinto-me vazia. Não, não estou triste.
Mas não consigo evitar.
Queria-te ao meu lado, como sempre.
Queria beber o Billecart que deixaste para mim, contigo. É nosso.
Queria que tu fizesses o framboise-flambé. Eu de certeza que vou pôr açucar a mais, ou o molho vai sair espesso de mais.
Se és tu a pessoa mais importante que eu tenho, qual é a lógica de não te abraçar amanhã?
Eu sei, eu sei. Estou a ser criança e já falámos sobre isso e fui eu que concordei em ser assim...
Mas... amanhã é que é Natal. E sem ti, não há Natal.
Sem ti... não faz sentido.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

terça-feira, dezembro 22, 2009

two for the seesaw

Estou a perder o jogo descaradamente. (segundo as regras que eu inventei agora mesmo)
Se for realmente assim, será que vale a pena fazer uma aposta alta já?
Ou meter-me no caminho do bluff e igualar a pontuação?
Mas neste momento, parece-me que estou a perder descaradamente...



Oh gosh... como eu queria estar aí ao teu lado só para saber se é verdade.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Não podes trazer o passado para o presente. É impossível. E o futuro esse não está escrito ainda...

domingo, dezembro 20, 2009

Let this be just the start of so many nights like this...

sábado, dezembro 19, 2009

Porque é que falas tão alto se eu te percebo sem palavras?

...by saying something stupid

Quero ir dar um passeio sem destino. Agora mesmo.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

vem fazer de conta

(René Magritte)

Quando os nossos corpos se separaram olhámo-nos, quase a desejar ser felizes. Vesti-me devagar. O corpo a ser ridículo. Disseste: espero que encontres um homem que te ame, e ambos baixámos o olhar por sabermos que esse homem não existe.
Despedimo-nos. Olhámo-nos pela última vez e despedimo-nos sem sequer nos conhecermos.
(José Luís Peixoto)

even lazy jellyfish do it

Um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, acordarei entre os teus braços. A tua pele será talvez demasiado bela. E a luz compreenderá a impossível compreensão do amor. Um dia, quando a chuva secar na memória, quando o inverno for tão distante, quando o frio responder devagar com a voz arrastada de um velho, estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito da nossa janela. Sim, cantarão pássaros, haverá flores, mas nada disso será culpa minha, porque eu acordarei nos teus braços e não direi nem uma palavra, nem o príncipio de uma palavra, para não estragar a perfeição da felicidade.

José Luís Peixoto

Mas o que se passa comigo para querer assim tanto um calor desconhecido?

segunda-feira, dezembro 14, 2009

baby it's (not) you.

Quero encostar a cabeça no teu ombro e ficar assim. Quero receber um telefonema teu a meio da noite a dizer que sentes a minha falta. Beber vinho contigo. Conversar contigo e pedir-te ajuda. Quero ouvir as coisas inteligentes que tens para dizer. Fazer amor contigo. Quero ver filmes e ouvir música. Passear contigo. Quero dar-te a mão. Rir contigo.
Basicamente quero o conto de fadas.
A imperfeita história perfeita.
Quero o "felizes para sempre" (o "sempre" durando o tempo que apetecer)
Basicamente quero o conto de fadas.

Parece-me o cenário perfeito.
Mas ainda não encontrei quem pudesse ser o dito "tu".

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Retrato II

Guildenstern: There must have been a moment at the beginning, where we could have said no. Somehow we missed it. Well, we'll know better next time.

Tom Stoppard, Rosencrantz and Guildenstern are dead