domingo, setembro 30, 2007


If you had one wish... what would it be?
If you had one wish... would it be about me?
Just one wish... could it be about me?

You might make it wish for money or peace
You'd make it wish for cosmic relieve
Shade by the trees, green summer leaves




Roxette

Será que...?


(Portrait d'acrtice Jeanne Samari/ Pierre-Auguste Renoir)
Será que ela pensa como nós?
Será que tem os mesmos medos que nós?
Será que é tão insegura como nós?
Será que passou pelo mesmo?
Será que nós poderiamos estar no lugar dela?
Será que...?
Será?

quinta-feira, setembro 27, 2007

UM DIA

Um dia nunca mais digo "um dia"

A partir de hoje, será sempre "hoje". Porque me faltam menos de dois anos... Aí, "um dia" talvez.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Just write...

Je ne rêve plus...
Não sei falar. Nem sei escrever mas disso já gosto.
Senti saudades de escrever... por isso é que aqui estou.
Em frente ao monitor, a juntar letras, pontos finais, virgulas e reticências... E para quê? Porque se não o fizesse não era eu. Banal, não?
Quand tu t'en vas je suis malade...
Desde pequena que a oiço e no entanto é a mesma voz, a mesma dor... Que por alguma razão desconhecida tocava as profundezas de uma criança de 6 anos, continua a fazê-lo à mesma criança de 16.
Este ano... Não sei. A única certeza que tenho é que não sei.
Completement malade...

segunda-feira, setembro 24, 2007

Goodnight Hollywood

Sei da minha inconstância. Sei da minha teimosia. Sei de cor os traços da minha criancice estúpida. Sei o que faço. Sei que nunca sei o que quero. Tenho a perfeita noção de tudo. "Eu sei como se deve viver" já diz a outra...
Mas não é este o filme que eu quero.
Devo-me ter enganado no estúdio de gravação...
Tirem-me daqui.

sábado, setembro 22, 2007

Travelling alone (o relato mais que completo)

Tudo começou na segunda-feira dia 3 de Setembro, quando dei por mim a ver a Agenda Cultural de Moscovo de lágrimas nos olhos (um pequeno exagero, para dar mais ênfase à coisa) e a pensar "e eu aqui... sem ver isto...".
5 de Setembro, 4ª feira, depois de uma noite de Trivial Pursuit, às 9 da manhã estava no consulado para me assinarem a autorização dos pais para sair do país. Às 2.. já a tinha na minha mão (escusado será dizer que as complicações foram bastantes... e o preço era um exagero para um papelinho reles).
Na noite de 6ª para Sábado 8 de Setembro (Sábado às 5 da manhã) estava já no aeroporto de Lisboa. Despedi-me da minha mãezinha que me ficou a acenar e... o mundo estava a meus pés. Sentei-me no avião e uma hora depois estava em Madrid, onde me esperava outro avião que me levaria ao meu destino final (Moscovo). Aí (no avião) o hospedeiro (que era igual ao Al Pacino jovem) perguntou-me com um sorriso "Hablas español?" ao que eu respondi sem pensar, feita estupida "Yeah.... oui... Ai! Si". Ele riu-se da minha estupidez e organizou-me 3 lugares vagos, duas almofadas, um cobertor e um chá com limão. Nesta doce companhia passei 5 horas de viagem a.. dormir.
No aeroporto de Moscovo, tive que esperar uma hora pela minha querida irmãzinha que decidiu ficar trancada no engarrafamento, mas nem isso estragou a minha boa disposição.
No Sábado à noite já tive o meu pãozinho com caviar ao jantar e a minha caminha à espera.
Domingo: dia de família. Monopólio, chá e conversa...
Segunda: Iniciei a minha grande aventura repleta de passeios de carro com a minha irmã, cafés Mocaccino (Alguém sabe onde é que arranjo disso aqui?) e tive a minha primeira experiência teatral desta visita. É melhor nem a comentar porque me desiludiu perfeitamente. No final o encenador (que me conhecia, o que foi, aliás, a única razão pela qual me senti "obrigada" a ir ver a estreia) perguntou-me o que tinha achado. Apenas abanei a cabeça e fugi-lhe o mais depressa possível. Mas nem tudo foi negativo. Tive a oportunidade de conhecer de pertos amigos antigos da minha mãe que me disseram que eu era a cópia dela (bom, aceitei isso como um elogio).
Na Terça, agarrei na minha avó (a tal que é modernaça) e arrastei-a para o museu de arte, onde passei horas a deliciar-me com Degas, Monets e Manets, Van Goghs, Kandinskys, Picassos e muitos outros. À noite, estive 4 horas boquiaberta na minha segunda experiência teatral, do meu teatro preferido ("As três irmãs").
Quarta: Logo de manhã, a minha irmã e o meu cunhadito vieram-me buscar e passámos o dia fora. Por aí. Com amigos deles (e agora meus).
Quinta foi um dia aborrecido a tratar de documentos, do emprego da minha maninha (sim, podem-me agradecer porque foi graças a mim que ela o conseguiu... quase... mas podemos dizer que sim) e tudo o mais.
Na Sexta, o ponto alto do dia, foi mais uma vez o Teatro de Fomenko com a "Felicidade de família".
Sábado, quando o tempo melhorou (Até lá andava imprevisivel. Ora chuva, ora nuvem), avisei para não esperarem por mim e parti em busca de qualquer coisa. Phones nos ouvidos, passe de metro no bolso a uma cidade enorme para andar, passear, explorar. À noite, mais uma vez, fui ao teatro ser "demonizada".
No Domingo, para contradizer os que dormem até tarde acordei com o cantar do galo, para aproveitar o metro vazio (o que me trouxe o seu "momento auge", com a entrada de um bebado de cerveja na mão que resolveu sentar-se mesmo à minha frente, precisamente debaixo de um cartaz que dizia "Excesso de cerveja prejudica a sua saúde". E juro que não estou a inventar) para assistir (mais uma vez com a minha irmã) uma aulinha de voz do conservatório. Tirei umas notinhas, se bem que não esclareceram grande coisa. À noite, fui na minha doce solisão ver um monólogo de duas horas sobre as "notas de um louco"... Era bom. Sim. Era bom. Mas um pouco prolongado de mais.
A minha bisavó fez 91 anos da Segunda. Deu-me uma vontade imensa (a mim que sou a típica ateísta) de rezar para não chegar nem aos 80. Escapei-me do almoço de família pelas 5 da tarde com a desculpa (verídica) de ir (mais uma vez) ao teatro ver a "casa...".
Terça foi oficialmente o meu último dia e foi realmente maravilhoso. Não sei explicar porquê. Talvez porque esteve Sol, porque as folhas amarelas, laranjas e vermelhas rangiam debaixo dos meus pés, porque andei mais de 10 quilómetros a pé, porque encontrei o "homem da minha vida" que passou por mim a correr. Não sei. Não sei.
E já na Quarta, quando pensava que ía chegar a casa calma e tranquila, o destino (ou lá o que foi) pregou-me uma partida. O avião saíu de Moscovo com uma hora e meia de atraso o que o fez chegar a Madrid no momento em que o avião Madrid-Lisboa levantava voo. Entrei em estado de pânico, que passou para o estado de tenho-pena-de-mim-própria-porque-vou-passar-a-noite-no-aeroporto-e-quero-ir-para-casa. Mas passado 5 minutos ganhei consciência, ri-me da situação e fui resolver o problema. Depois de correr de um terminal para outro em busca da altetração do cartão de embarque e do cheque para o hotel e autocarro, tive a oportunidade de disfrutar de um hotel de 4 estrelas, com uma banheira maior que a minha casa-de-banho toda e com comida para dar e vender (toda à borla). Como é obvio, não voltei a ter pena nenhuma de mim.
Na Quinta às 8 da manhã... Já estava de volta. No aeorporto de Lisboa a dizer... "home sweet home".

Reportagem fotográfica.

Bom dia Moscovo!

Universidade

Chegou o Outono...

Teatro (Teatr Fomenko)
Mocaccino (Chocolate, leite, café, natas)
Hotel Meliá Barajas

4- Heartbreak house (Teatr Fomenko)

"A casa onde se partem corações" de Bernard Shaw (ou "A casa onde moram idiotas com corações partidos", como diz uma das personagens da peça) fala de uma casa de... banalmente falando... doidos (ou seja, gente completamente normal, com as suas paixões, desejos, profissões, ideias...).
Nesta encenação vejo actores (que ja tive tempo de conhecer muito bem nesta minha viagem) que se divertem a representar. O velho capitão, a mulher bonita, o "homme fatalle" com o seu bigode...
Até mesmo quando um avião de guerra passa por eles e todos anseiam a morte, não param de contar piadas e de beber vinho.



3- Demónio. De cima. (Teatro-escola da arte dramática)

O palco é redondo e o público fica (como num poço) nos três andares superiores à volta, de forma a ver a peça de cima.
Começa com a queda do tecto de um boneco enorme que (supostamente) é o demónio.

1 hora e tal sem uma única palavra. Apenas música, pinturas, "quadros" vistos de cima.




2- Felicidade de família (Teatr Fomenko)

"A felicidade é viver para o próximo... Para quê viver para o próximo se nem quero viver para mim?"
Masha apaixona-se e casa-se aos 17 anos com um homem de 36. O primeiro acto em comédia, o segundo em drama...
"Porque é que paraste de me ensinar, porque é que não me impediste de cometer aqueles.... aahhhh"
"Devias ter aprendido sozinha. Aprendeste."
Apenas com 5 actores em cena, mais uma vez este teatro surpreende-me e faz-me apaixonar por ele, porque vejo a vida em palco. Sinto o chá a ser bebido, vejo as bolachas a partirem, vejo a tristeza nos olhos da actriz, vejo as bonecas de porcelana....
AH, e esqueci-me dizer que o texto não é uma peça, mas um conto de Tolstoy.








1- As três irmãs (Teatr Fomenko)


Uma sala. Cortinas transparentes brancas.
O sr.Tcheckov sentado à secretária no canto inferior direito do palco. Escreve... Começa a escrever as "três irmãs"...
"Olga, com o seu vestido azul de professora, vai verificando cadernos de aluno enquanto anda de um lado para outro. Masha vestida de preto, está sentada com o chapéu no colo, a ler um livro. Irina, de vestido branco, de pé. Pensativa"... E é assim que começa. Abrem-se as cortinas brancas transparentes e começa a decorrer... a vida... Eles cantam, eles jogam, eles riem, eles choram....3 horas e 40 passam num abrir e fechar de olhos.
É dificil ver a peça porque acontecem acções paralelas a toda a hora. Por exemplo, durante o diálogo de Tusenbach, o resto das personagens está do outro lado do palco a beber chá. Uns divertem-se a cantar baixinho, outros jogam cartas... O texto não tem um único corte. Até mesmo onde diz "pausa", no espectáculo Tcheckov levanta-se e interrompe a acção gritando "PAUSA", se bem que os actores nem sempre concordam.
Não tenho palavras. Se tivesse que escolher entre as 6 peças que vi, dou a esta o número 1!






quinta-feira, setembro 20, 2007

Cá estamos.

Olá, olá.... (vivam os acentos e as cedilhas!)
Cheguei, voltei, vim... (Não) para ficar.
A viagem foi mais complexa que o planeado. Contou com 6 peças vistas, histórias dignas de novela mexicana, o 91º aniversário da minha bisavó, a descoberta do Mocaccino... e uma paragem nocturna inesperada em Madrid.
Pormenores mais tarde. Até já.

Apresento-vos...

O "homem da minha vida"

domingo, setembro 16, 2007

Ja sei quando volto.

EM BREVE... EM BREVE...
Mas ainda falta ver um par de espectaculos, ler um par de livros, ter um par de aulas,fazer um par de coisas.... e posso regressar.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Estou longe...
Estou longe e esta frio (e nao tenho acentos nem cedilhas no teclado e odeio...)
As musicas sao as mesmas, os pensamentos tambem.
Ja se sente o Outono aqui. As folhas laranja, o nariz frio......
E a peca de ontem era tao boa tao boa, bolas! (e o teclado nao tem acentos nem cedilhas....)
E eu tenho saudades da minha mae. Tantas, tantas.
E saudades do "antes"... tantas tantas....

E nao tenho acentos. Nem cedilhas. Bolas.

sábado, setembro 08, 2007

Realismo (=optimismo)

Qual cair...
O avião dentro de 6 horas vai-me levar para onde quero estar.
Fui sem me despedir... lamento.
Vou sem aviso... desculpem.
Vou ver peças! Conhecer pessoas!
Vou-me embriagar na minha solidão de viajante...
E volto. Um dia destes... hei-de voltar.

sexta-feira, setembro 07, 2007

Pessimismo

Que o avião caia amanhã e se parta em mil pedaços....

quinta-feira, setembro 06, 2007

Preciso de...

Preciso do quê? A questão é essa.

terça-feira, setembro 04, 2007

Vida... sonho.

Deixa andar, deixa correr, disfruta, canta, vive, sonha. Tudo passa.

domingo, setembro 02, 2007

Não tenho paciência. Quero mais.

Pode ser parvoíce minha ou talvez todos tenhamos esta fase absurda em que não temos paciência para nada e tudo parece demasiado pequeno, demasiado conhecido... Como se estivessmos todos a viver na mesma aldeia.

Desculpa, já não tenho paciência para ver as mesmas caras todos os dias. Não dizem nada de novo.
Não tenho paciência para as mesmas conversas. Aborrecem-me.
Não tenho paciência nem para estar contigo. Já não me surpreendes. Mas no entanto quero.
Não tenho paciência para isto. Não tenho.
THE WORLD IS NOT ENOUGH... tenho dito.

Quero mais.
ISTO JÁ NÃO É SUFICIENTE!


Vou viajar. Tal e qual como sempre sonhei. Mochila às costas... Mas o bilhete é de ida e volta.