Agora que chegámos (quase) ao fim, olho para trás e coloco em prateleiras tudo o que aconteceu durante este ano. Um ano não propriamente fácil...
Foi o ano em que ali entrei. Um sítio com o qual sonhava há anos... Não foi bem como pensava que iria ser, iludi-me, desiludi-me, ri, chorei, ri, pensei que ía matar alguém, tomei decisões (algumas delas pouco acertadas), fascinei-me, aprendi (muito!). Aqui correram boatos, histórias, anedotas....O sítio que se tornou a minha (nossa) segunda casa. A segunda família. E as famílias têm de tudo.
Foi este ano que te conheci melhor, que te redescobri à minha maneira e em que percebi que és minha. De certa forma, a minha cidade.
Foi o ano em que vos vi em palco pela primeira vez, e pela segunda, e anseio pela terceira como uma criança que espera pelo Natal.
Foi o ano que nos destruiu. Que me fez perceber que te amo, mas que não consigo viver contigo. Não sei lidar contigo, magoo-te... O nosso confronto de personalidades tornou-se cada vez mais forte e aproxima-se cada vez mais àquilo que eu mais temo. Tivemos discussões, fizemos as pazes... E vai ser sempre assim... Até que, um dia, talvez aconteça alguma coisa.
Foi quando eu me meti contigo. Por curiosidade. Por estupidez. Senti saudades tuas e fui ter contigo. Foi um erro que talvez nunca devesse ter acontecido. Enganei-me quando pensei que era verdade aquilo que pensava que ía na minha cabeça, mas depressa percebi que não. Aproveitei isso para crescer, para aprender, para me compreender.
Foi o ano em que me afastei de ti. Não foi por mal... Nem de propósito. Magooei-te talvez... Mas ambas sabemos que não é pela falta dos telefonemas (nunca mais te liguei) que vai mudar aquilo que eu sinto por ti. Desculpa.
Tu decidiste assentar. Culpei-te, entendi-te. Somos sangue do mesmo sangue, temos o mesmo feitito, a mesma semelhança... E eu adoro-te.
Este ano eu escrevi, comecei este blog e não me consigo separar dele.
Usei-te. Nunca simpatizei contigo.
Pisei-te. Tive medo. Tenho medo. Falta-me a coragem e a sensibilidade. Vou ter que aprender a lidar contigo. Porque te amo. Porque sim.
Voltei a cometer o mesmo erro. Meti-me contigo (onde é que eu já li isto?). Sem querer, por acaso... Senti-me bem e fui egoísta. Deste-me o que me fazia tanta falta. Percebemos a tempo que estava errado... E fico feliz por isso.
Conheci pessoas excepcionais. R., desde o princípio e para muito mais. R., a tua inteligência, o teu apoio. R., enervaste-me, afastei-me e voltei para ficar. R., copy-paste. L., o teu feitio. L., o teu talento. M., a tua alegria. G., a simpatia. S., a força. Tantas conversas, tantos risos, tantas discussões, tantos dias, tantas manhãs, tantas noites, tantas bebedeiras, ...Todos os outros mais, tudo.
Não foi um ano totalmente positivo. Nunca pode ser. Virá outro...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
felizmente tenho muito poucas prateleiras.. e têm mais é pó :X
Enviar um comentário