sexta-feira, junho 29, 2007

Prateleiras

Agora que chegámos (quase) ao fim, olho para trás e coloco em prateleiras tudo o que aconteceu durante este ano. Um ano não propriamente fácil...

Foi o ano em que ali entrei. Um sítio com o qual sonhava há anos... Não foi bem como pensava que iria ser, iludi-me, desiludi-me, ri, chorei, ri, pensei que ía matar alguém, tomei decisões (algumas delas pouco acertadas), fascinei-me, aprendi (muito!). Aqui correram boatos, histórias, anedotas....O sítio que se tornou a minha (nossa) segunda casa. A segunda família. E as famílias têm de tudo.

Foi este ano que te conheci melhor, que te redescobri à minha maneira e em que percebi que és minha. De certa forma, a minha cidade.

Foi o ano em que vos vi em palco pela primeira vez, e pela segunda, e anseio pela terceira como uma criança que espera pelo Natal.

Foi o ano que nos destruiu. Que me fez perceber que te amo, mas que não consigo viver contigo. Não sei lidar contigo, magoo-te... O nosso confronto de personalidades tornou-se cada vez mais forte e aproxima-se cada vez mais àquilo que eu mais temo. Tivemos discussões, fizemos as pazes... E vai ser sempre assim... Até que, um dia, talvez aconteça alguma coisa.

Foi quando eu me meti contigo. Por curiosidade. Por estupidez. Senti saudades tuas e fui ter contigo. Foi um erro que talvez nunca devesse ter acontecido. Enganei-me quando pensei que era verdade aquilo que pensava que ía na minha cabeça, mas depressa percebi que não. Aproveitei isso para crescer, para aprender, para me compreender.

Foi o ano em que me afastei de ti. Não foi por mal... Nem de propósito. Magooei-te talvez... Mas ambas sabemos que não é pela falta dos telefonemas (nunca mais te liguei) que vai mudar aquilo que eu sinto por ti. Desculpa.

Tu decidiste assentar. Culpei-te, entendi-te. Somos sangue do mesmo sangue, temos o mesmo feitito, a mesma semelhança... E eu adoro-te.

Este ano eu escrevi, comecei este blog e não me consigo separar dele.

Usei-te. Nunca simpatizei contigo.

Pisei-te. Tive medo. Tenho medo. Falta-me a coragem e a sensibilidade. Vou ter que aprender a lidar contigo. Porque te amo. Porque sim.

Voltei a cometer o mesmo erro. Meti-me contigo (onde é que eu já li isto?). Sem querer, por acaso... Senti-me bem e fui egoísta. Deste-me o que me fazia tanta falta. Percebemos a tempo que estava errado... E fico feliz por isso.

Conheci pessoas excepcionais. R., desde o princípio e para muito mais. R., a tua inteligência, o teu apoio. R., enervaste-me, afastei-me e voltei para ficar. R., copy-paste. L., o teu feitio. L., o teu talento. M., a tua alegria. G., a simpatia. S., a força. Tantas conversas, tantos risos, tantas discussões, tantos dias, tantas manhãs, tantas noites, tantas bebedeiras, ...Todos os outros mais, tudo.

Não foi um ano totalmente positivo. Nunca pode ser. Virá outro...

1 comentário:

Anónimo disse...

felizmente tenho muito poucas prateleiras.. e têm mais é pó :X