Feitio, Tarantino e Sinatra

Alguma coisa não estava bem. Sim, alguma coisa aparentava estar mesmo mal.
"A tua vida é uma merda?" perguntou com ar irónico. "Não... Claro que não" sorrio. Faz-me rir o miúdo.
Claro que não. A minha vida está longe disso.
Mas não é por isso que deixo de ter medos, receios, mudanças de humor repentinas. Deve ser da idade (Idade do armário?!). Um armário era mesmo bom para me enfiar lá dentro até que passe...
"Então? Ora choras ora ris?" pergunta outro... SHIU! Eu não choro. Apenas rio...
Mas segue... Vai andando.
"Bolos, bolos..."
Pedidos, pedidos... (com a porta no focinho, com a porta no focinho...)
Interlúdio. Niusha, se ficares morres.
"Arriscamos?" soa a voz do terceiro. Pergunta que se faça? Claro que arriscamos.
Subitamente tudo parece estar bem, e já não tenho problemas em sorrir. E o filme é bom. Muito bom. E até já rio às gargalhadas e custa-me parar.
"Onde estás?" aparece no meu telemóvel.
Em casa... agora em casa. Tranquila. Calma. No meio termo.
"Strangers in the night"... a última voz que ouço antes de me deixar levar pelo sono...