quinta-feira, maio 01, 2008

Nada, miúdo, nada.

Lágrimas. Sinto-as a escorrer pela cara, enquanto leio as linhas. As entrelinhas percebo-as melhor que ninguém.
Não tenho culpa, sabes que não. Mas não é por isso que deixo de sentir remorsos. E já dizia o outro que "o remorso é uma coisa tão incrível as imagens organizam-se de forma acessível". O telefone toca... O que é que fazes...? Nada... nada.
Eu não posso. Não sou eu.
Eu brinco, jogo, sorrio e lanço gargalhadas estridentes. Para mim não passa de mais uma diversão, mais uma actividade, mais uma forma de atenção.
Sinto que magoo com cada gesto a menos, com cada palavra a menos, com cada sentimento que não possuo, com as coisas que poderia fazer e não faço, com as coisas que poderia dizer e não digo. Faço por bem mas com isto faço pior. Será? Dizes que não tem fim. Eu dou-te o fim, queres?
Não sei se consigo. Sou egoísta demais para dar e egoísta demais para perder.
E agora, puto?
Deixa-me adormecer ao teu lado com sono de bebé...

Beep-beep.
Tenho que ir, desculpa. Amanhã... amanhã... amanhã falamos.
Onde vais?
Casa...
Então adeus.
Adeus, adeus.

Beep-beep.
Mãe, não sei a que horas chego...

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