terça-feira, setembro 02, 2008

Estou a tentar ser menos inútil.
No papel somos todos uns génios por escrevermos linhas sem sentido.

Há cá dentro um vazio, estamos cada dia mais vazios.

Eu bem queria escrever algo genial, fazer algo genial.
Quero ser doutora agora.
Quero aprender.
Tenho sede de conhecer, fome de ler e ver.
No entanto a minha mãe diz-me que sou inútil.
No entanto o meu pai já não conversa comigo.

Não devia ter bebido tanto na noite anterior
Gostava de acordar de manhã e não me arrepender do que fiz ontem.

É como um furacão de ideias soltas que me corta o cérebro
E me dá vontade de devorar toda a comédie humaine

O Dali era um génio convicto. Sabia exactamente o que dar ao publico.
O Van Gogh era um génio, deu a orelha à prostituta e nunca vendeu um quadro.

Eu estou para aqui a falar só para aproveitar os meus 15 minutos de fama que nunca ninguém irá ler e ainda bem.
É como um monólogo à porta fechada que nunca ninguém vai ouvir.

Merda,
merda,
merda.

Se eu soubesse que ía morrer amanhã gastaria tudo o que tenho em girassóis para desconhecidos.

5 comentários:

Phil disse...

vazios de tudo e cheios de nada. vazios de nada e cheios de tudo!

Sofia disse...

e túlipas...

girassóis e túlipas.

Anónimo disse...

0. Nem o Dali nem o Van Gogh eram doutores;
1. Não consta que fossem actores;
2. Só nos devemos alcoolizar quando estamos felizes;
3. Não existe "menos inútil". Ou se é ou não se é. Preto ou branco, sem cinzentos.
4. Dinheiro bem gasto era numa rosa para a tua mãe. E outra para o teu pai. Onde somos mais úteis é junto aqueles que tão aqui mesmo ao lado. Os que esperam.

Niusha disse...

Aha... e tu quem és?

Anónimo disse...

Sou o lobo mau.