domingo, março 30, 2008

Leaves

Leaves. Folhas. Não é por acaso que se chamam "leaves". Leave. Partir.
É o que acontece às pessoas. A nós.
Durante todo o percurso vamos encontrando folhas. Umas resistem aos Outonos, aos Invernos, Primaveras e Verões, outras caem e voam para outras paragens.
É a essas que agradeço.
Por se terem cruzado comigo por fracções de tempo, por instantes, por períodos mais longos. Por terem partido ou por eu as ter eliminado. Porque seja qual tiver sido essa fracção contribuiu para mim, para eu aprender, para ir crescendo, para ir sentindo. E isso é bom. É óptimo.

Agora que penso... Vivemos num tempo em que o Mundo em que a pessoa vive pode ser condensado ao tamanho de um monitor. Há uns meros 20 anos qualquer pessoa tinha a hipótese de desaparecer de vez: Mudar de casa, de número de telefone e pronto. Não havia messengers, nem e-mails, nem hi5's onde qualquer mulher pode ver fotografias de um homem gordo e horrendo, aquele por quem julgava estar perdidamente apaixonada aos 10 anos, aquele que ela guardava na memória como uma cara desfocada e o cheiro das folhas de cadernos escritas com mensagens de amor infantil.
É esse tipo de folhas...

Não quero que pessoas com quem há muito cortei relações apareçam outra vez. Não. Deixem-me ficar com imagens de faces desfocadas e cheiros a algo que já foi, já passou e nunca mais há de voltar.

Obrigada folhas com quem vivi. É Primavera, vão nascer novas e desaparecerão sem deixar rasto num novo Outono.

Vai ser sempre assim.

Um ciclo.

sexta-feira, março 28, 2008

X

Água gelada que trespassa os ossos, parece mil navalhas a furar lentamente a pele.
O calor das brasas presas por um grande circulo de corda.
Medo de imaginar.
Medo de sentir.
Medo de ter medo de viver.
Fecha os olhos, sente toda a vida a passar rápidamente à tua frente com a ternura de um abraço quase paternal.
Vontade de agarrar um corda e subir por ela para um destino desconhecido.
Partir e queimar o antes. Ignorar tudo o que se passa à volta porque não é necessário. Amar. Amar-te, arte. Querer-te. Querer ter-te, arte. Acreditar, sonhar, ver que há quem acredite.
Manda à merda tudo o que te rodeia e em que deixaste de acreditar.
Primo o gatilho devagarinho.

Fuck this. Die.

Eu não. Eles.

...Tem muitos filhos o pai D

Quando entrei tinha um professor.
Agora tenho um "pai" e um amigo.
E esse pai... Tem muitos filhos. É uma honra ser um deles.

quinta-feira, março 27, 2008

quinta-feira, março 20, 2008

É mais ou menos como comprar uma pasta de dentes.

terça-feira, março 18, 2008

Acende aí.

Sapatos brancos de seda por cima de um monte de esterco.
Detesto comentários intelectuais sobre coisas simples que nem mereciam ser comentadas como detesto todos os outros comentários absolutamente desnecessários em alturas que eram boas para se estar calado.
Detesto cor-de-rosa e detesto a Sophia de Mello Breyner.
Detesto que digam vocês em vez de tu. Detesto contigo em vez de eu.
Detesto a juventude e a velhice.Detesto a meia-idade.
Detesto todo o tipo de demonstração de sentimentos.
Detesto chuva, optimismo não fundamentado e falta de lógia.
Detesto ideias e ideiais pré-formados, detesto venerações e idealizações.
Detesto falta de empenho, detesto falta de vontade, detesto o "pseudo".
Detesto e qualquer dia rebento.
Arroz.
Arroz que tenho mais que fazer.

segunda-feira, março 17, 2008

9

Este número e eu.
Neste caso, e nós.

segunda-feira, março 10, 2008

...of being.

"Tomas, I know I'm supposed to help you, but I can't.
Instead of being your support, I'm your weight.
Life is very heavy to me, and it is so light to you.
I can't bear this lightness, this freedom.
I'm not strong enough.
In Prague, I only needed you for love.
In Switzerland, I was dependent on you for everything.
What would happen if you abandoned me?

I'm weak. I'm going back to the country of the weak.
Good-bye.
I'm sorry,
but I've taken Karenin"


Nem sei se o livro, se o filme... Porque é leve. Tão leve que é... insustentável.

quarta-feira, março 05, 2008

Bye-bye...




Vou continuar a correr por aí até encontrar aquilo que procuro.
Não sei o que é...
Mas não. Nem pensar.
Não vou parar agora...




"Tu deste tudo (ou quase), eu joguei..."

segunda-feira, março 03, 2008

Jonathan Livingston

Todos temos uma gaivota dentro de nós que podemos ensinar a voar.