domingo, setembro 20, 2009

Eu. Tu. E um copo de vinho.

Talvez te dê importância a mais. Talvez, talvez. Talvez, sem exigir, exijo de ti mais do que me podes dar. Afinal, nunca me prometeste nada. Verdade seja dita, também nunca me deste nada. Mentira. As pessoas gostam de se apagar umas às outras da memória. Não acredito nisso. Bem, ou mal, todos os que se cruzam no nosso caminho dão ou tiram algo de nós. Mudamos assim. Vivemos assim. E tu deste-me tanto, tirando. Nunca gostaste de mim, eu sei. Talvez até tivesses gostado em tempos... do meu sorriso, das minhas mãos, do cheiro do meu cabelo acabado de lavar. Gostavas da minha juventude, da minha ingenuidade. Eu tenho-a. Sei que ainda a tenho. Sei que ainda sou aquela menina romântica. Sei que sou, porra. Eu sonho. Eu vivo. Não complico. Para mim tudo é simples. Muito simples. É tudo uma brincadeira, um jogo. Eu sorrio quando escrevo esta coisa que nem posso chamar de texto. Se calhar ias gostar de acordar ao meu lado. Tenho um hálito horrível de manhã (todos temos), mas rio a dormir. Talvez gostasses de acordar e de me ver a sorrir sem razão. Talvez achasses piada ao ver o meu joelho na almofada (só sei dormir assim). Não sou a mulher da tua vida. Claro que não. Não temos nada a ver um com o outro ainda que tenhamos tanta coisa semelhante. Mas porque é que me negas à partida? Talvez desse certo um café, um copo de água, uma cerveja juntos. Talvez desse certo se fossemos dar uma volta de carro. Talvez desse certo ou talvez não. Com um "não" à partida nada dará certo. O que tem? Eu sou mais feia? Sou menos inteligente? Eu sei que não sou perfeita. A perfeição não existe. Eu sei que fumo de mais e quando estou bêbeda irrito qualquer um. Qual de nós não tem defeitos? Isto é absurdo. Quero-te longe. Muito longe. E mesmo assim, não consigo deixar de pensar nisto. Talvez desse certo...

2 comentários:

Phil disse...

Não consigo achar os "talvezes" da vida assim tão simples. Mais simples o sim. Mais simples o não. Os "ses" engasgam-me o sistema. Difícil andar sem olhar para trás. Talvez o copo de vinho ajude...

analopesgomes@hptmail.com disse...

A esperança é a última a morrer. E acho que se deve dar sempre mais uma oportunidade a tudo e todos. Somos humanos e tens razão quando dizes que a perfeição não existe! Mas se somos sensíveis, creio que não será correcto sofrer mais uma vez ou sofrer por um impossivel. Lutar pelo que merece. Ser selectiva com o mundo que nos rodeia!
Segue os bons modelos de vida e não os poluidos. Bebe o tal copo de vinho ou água com os porreiros que te querem bem. Os outros - esquece!
Aperto de mão à Xuxinha.