quinta-feira, dezembro 17, 2009

even lazy jellyfish do it

Um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, acordarei entre os teus braços. A tua pele será talvez demasiado bela. E a luz compreenderá a impossível compreensão do amor. Um dia, quando a chuva secar na memória, quando o inverno for tão distante, quando o frio responder devagar com a voz arrastada de um velho, estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito da nossa janela. Sim, cantarão pássaros, haverá flores, mas nada disso será culpa minha, porque eu acordarei nos teus braços e não direi nem uma palavra, nem o príncipio de uma palavra, para não estragar a perfeição da felicidade.

José Luís Peixoto

Mas o que se passa comigo para querer assim tanto um calor desconhecido?

3 comentários:

Wolve disse...

so mamma, lets fall in love?

Simão Miranda disse...

adoro o peixoto pa

Niusha disse...

Eu também.
Beijinho!