quarta-feira, junho 02, 2010

Fairy limão.

Acho que penso demais. Raciocino e pondero todas as hipóteses, benefícios, falhas, possibilidade de erros. Na prática, acabo por fazer sempre exactamente o contrário daquilo que estava a pensar. Vou com o impulso, com o instinto, sigo o que o meu coração (ou outra parte qualquer do sub-consciente) me diz para fazer. Ou então precisamente o contrário.
Acendo um cigarro no fogão. Vejo os bichinhos à volta da luz frágil da cozinha.
Sinto-me como se estivesse a flutuar algures por entre o perfume da brisa quente (de onde saiu isto?).
Penso de repente na Cinderela. Se a carruagem não se tivesse transformado numa abóbora à meia-noite? Se não tivesse havido carruagem sequer, mas uma limousine branca com duas garrafas de Moet&Chandon para beber a meias com o príncipe? E se a Branca de Neve tivesse acordado por ela própria, arranjado um emprego...?
O Dmitry costumava dizer para deixarmos de lado todos os livros de teatro e sobre teatro e lermos histórias. Na altura revolvi o meu baú e pus na estante todos os meus livros de criança. O polegarzinho, o barba azul, o gato das botas...
Ela. Ela era assim. E eu também fui assim há tempos atras.
E hoje está uma linda noite... e o cigarro sabe-me pela vida... e se pudesse tocava à tua camapainha agora, na esperança de me abrires a porta. Tudo isto só para veres que estou a sorrir.

1 comentário:

bulletproof disse...

Bem que me parecia estranho tanto tempo de silêncio... agora vem tudo de rajada.