segunda-feira, junho 18, 2012

Nostalgie

E vem a sensação intemporal de abrir o 2ºmaço de tabaco, acender um cigarro.
Ter a voz da Billie a tocar para mim.
Esticar-me no chão, deitada, como um gato, a ter imagens a passar na minha cabeça.
Coisas que gosto.
Que não gosto.
Que tenho saudades.
Outras que queria esquecer.
Outras que sei que me lembrarei para sempre.
Foi um dia de merda. Isso foi. Podia ter lido um livro e não li. Ter visto um filme e não vi. Tomado um banho de emersão ao menos e não tomei. Saído à rua, respirar ar puro e não saí. E logo quando me apetecia tanto ir dar um passeio, tomar um bom banho, ver um filme e esparramar-me no sofá com um livro.
E agora são 3 da manhã e não durmo, sem saber exactamente o porquê. Vou fumando, vou ouvindo, vou pensando, imaginando e deixando-me cair na ténue sensação de aborrecimento compulsivo.
Não, em vez de ir dormir com um sorriso na cara, vou alimentando esta pseudo-depressãozeca a ver no que dá.
Tédio.
O prazer do tédio que nos da a ilusão da superioridade quase divina. Como a das grandes heroínas da literatura europeia. Gostava de ser uma dessas. Talvez venha daí este momentâneo prazer do tédio.

Bolas, eu com 17 anos escrevia melhor que isto.

 

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