O ano está a chegar ao fim e eu estou lamechas ao máximo, com uma música a acompanhar e uma chávena de chá de camomila. É a noite perfeita para ver uma retrospectiva diante dos meus olhos e para me lembrar de tudo o que se passou nestes curtos 365 dias.
Lembro-me que começou tão bem, numa vida quase dupla, a correr a mil à hora. Entre a EPTC, onde nunca me tinha sido tão difícil de entrar (Mas que agora me dá tantas saudades, ou não fosse a minha segunda casa) e a ACT que me ofereceu um refúgio e uma janela de ar fresco.
Lembro-me das tardes e noites no casino com os meus meninos do Happy. Das longas conversas no smart amarelo, das confusões tão desnecessáriamente disparatadas, das sestas no camarim a cheirar a incenso, de tudo o que aprendi ali, das discussões com os porteiros que ainda agora me sorriem cada vez que lá vou.
Foi o ano que quase nos destruiu. O ano em que morreram muitos que gosto, o ano em que quase saíste de casa e tu quase desististe de nós. Mas estamos juntos agora, e isso é que conta.
Foi um ano em que pensei que não ía voltar ao normal. Dois meses apagaram-se da minha memória, o meu cabelo sofreu uma mudança drástica e a minha mente quase se desfez em pedaços. Mas renasci (Obrigada C.Sebrosa) e, talvez, mais em mim do que antes.
Vou-me lembrando enquanto escrevo de cada pessoa que conheci. Dos amigos que entraram no meu coração e de pessoas que desapareceram por aí. Pessoas que se abriram para mim numa nova perspectiva, outras que me desiludiram. Lembro-me de cada conversa que tive. No aconchego do Alentejo, na loucura do Montijo, na partilha pelos bares do Bairro Alto e Cais do Sodré a falar espanhol, em Paço de Arcos, em Cascais e em Alcântara.
Lembro-me da sensação de olhar nos olhos de alguém e sentir que nunca mais deixo essa pessoa e vou protegê-la para sempre. O bébé que animou a nossa casa vai crescendo e sorrindo com o meu sorriso.
Desisti este ano, pela primeira vez. Abandonei a viagem para Moscovo para ficar cá. Já me arrependi e já agradeci por isso.
Este ano experimentei um milhão de coisas novas (incluíndo trabalhos de empregada de mesa e pinturas facias, entre outros), cresci e sou, talvez, mais eu.
Estou ainda mais lamechas do que no início e vou percebendo que o ano, afinal, não foi assim tão negativo como o pintei. Nem vou reler o que escrevi. Saiu-me assim, nada do que queria, sem qualquer metáfora que tanto gosto. Preto no branco... e com esta música a tocar pela décima-nona vez consecutiva. Nada a fazer.
Venha 2010... and bring the new horizons
quarta-feira, dezembro 30, 2009
sábado, dezembro 26, 2009
Bitter:Sweet
Dance with me across the ocean floor
Sail away to heaven's open door
Step right up you're the next contestant
In this sweet charade
Take a number, wait while I twist your fate
(...)
Hold me close enough to drink my rose
The devil in my pocket turned to gold
Sorry to warn you, you're in a daze
Tonight I'll love you, but tomorrow go away
Sail away to heaven's open door
Step right up you're the next contestant
In this sweet charade
Take a number, wait while I twist your fate
(...)
Hold me close enough to drink my rose
The devil in my pocket turned to gold
Sorry to warn you, you're in a daze
Tonight I'll love you, but tomorrow go away
quinta-feira, dezembro 24, 2009
... miles away
É a primeira vez que me sinto realmente vazia sem ti. Não faz sentido não estares cá amanhã a discutir o menu. Não faz sentido embrulhar as prendas por vontade própria sem tu apareceres a pedir ajuda porque não tens jeito nenhum para isso.
Sinto-me vazia. Não, não estou triste.
Mas não consigo evitar.
Queria-te ao meu lado, como sempre.
Queria beber o Billecart que deixaste para mim, contigo. É nosso.
Queria que tu fizesses o framboise-flambé. Eu de certeza que vou pôr açucar a mais, ou o molho vai sair espesso de mais.
Se és tu a pessoa mais importante que eu tenho, qual é a lógica de não te abraçar amanhã?
Eu sei, eu sei. Estou a ser criança e já falámos sobre isso e fui eu que concordei em ser assim...
Mas... amanhã é que é Natal. E sem ti, não há Natal.
Sem ti... não faz sentido.
Sinto-me vazia. Não, não estou triste.
Mas não consigo evitar.
Queria-te ao meu lado, como sempre.
Queria beber o Billecart que deixaste para mim, contigo. É nosso.
Queria que tu fizesses o framboise-flambé. Eu de certeza que vou pôr açucar a mais, ou o molho vai sair espesso de mais.
Se és tu a pessoa mais importante que eu tenho, qual é a lógica de não te abraçar amanhã?
Eu sei, eu sei. Estou a ser criança e já falámos sobre isso e fui eu que concordei em ser assim...
Mas... amanhã é que é Natal. E sem ti, não há Natal.
Sem ti... não faz sentido.
quarta-feira, dezembro 23, 2009
terça-feira, dezembro 22, 2009
two for the seesaw
Estou a perder o jogo descaradamente. (segundo as regras que eu inventei agora mesmo)
Se for realmente assim, será que vale a pena fazer uma aposta alta já?
Ou meter-me no caminho do bluff e igualar a pontuação?
Mas neste momento, parece-me que estou a perder descaradamente...
Oh gosh... como eu queria estar aí ao teu lado só para saber se é verdade.
Se for realmente assim, será que vale a pena fazer uma aposta alta já?
Ou meter-me no caminho do bluff e igualar a pontuação?
Mas neste momento, parece-me que estou a perder descaradamente...
Oh gosh... como eu queria estar aí ao teu lado só para saber se é verdade.
segunda-feira, dezembro 21, 2009
domingo, dezembro 20, 2009
sábado, dezembro 19, 2009
quinta-feira, dezembro 17, 2009
vem fazer de conta
Quando os nossos corpos se separaram olhámo-nos, quase a desejar ser felizes. Vesti-me devagar. O corpo a ser ridículo. Disseste: espero que encontres um homem que te ame, e ambos baixámos o olhar por sabermos que esse homem não existe.
Despedimo-nos. Olhámo-nos pela última vez e despedimo-nos sem sequer nos conhecermos.
(José Luís Peixoto)
even lazy jellyfish do it
Um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, acordarei entre os teus braços. A tua pele será talvez demasiado bela. E a luz compreenderá a impossível compreensão do amor. Um dia, quando a chuva secar na memória, quando o inverno for tão distante, quando o frio responder devagar com a voz arrastada de um velho, estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito da nossa janela. Sim, cantarão pássaros, haverá flores, mas nada disso será culpa minha, porque eu acordarei nos teus braços e não direi nem uma palavra, nem o príncipio de uma palavra, para não estragar a perfeição da felicidade.
José Luís Peixoto
Mas o que se passa comigo para querer assim tanto um calor desconhecido?
José Luís Peixoto
Mas o que se passa comigo para querer assim tanto um calor desconhecido?
segunda-feira, dezembro 14, 2009
baby it's (not) you.
Quero encostar a cabeça no teu ombro e ficar assim. Quero receber um telefonema teu a meio da noite a dizer que sentes a minha falta. Beber vinho contigo. Conversar contigo e pedir-te ajuda. Quero ouvir as coisas inteligentes que tens para dizer. Fazer amor contigo. Quero ver filmes e ouvir música. Passear contigo. Quero dar-te a mão. Rir contigo.
Basicamente quero o conto de fadas.
A imperfeita história perfeita.
Quero o "felizes para sempre" (o "sempre" durando o tempo que apetecer)
Basicamente quero o conto de fadas.
Parece-me o cenário perfeito.
Mas ainda não encontrei quem pudesse ser o dito "tu".
Basicamente quero o conto de fadas.
A imperfeita história perfeita.
Quero o "felizes para sempre" (o "sempre" durando o tempo que apetecer)
Basicamente quero o conto de fadas.
Parece-me o cenário perfeito.
Mas ainda não encontrei quem pudesse ser o dito "tu".
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Retrato II
Guildenstern: There must have been a moment at the beginning, where we could have said no. Somehow we missed it. Well, we'll know better next time.
Tom Stoppard, Rosencrantz and Guildenstern are dead
Tom Stoppard, Rosencrantz and Guildenstern are dead
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