quarta-feira, outubro 20, 2010

riders on the storm

Querer viver intensamente casa instante. Às vezes é aí que está o problema. Não saber respirar e aproveitar uma hora em silêncio, calada, na quieta solidão.
Desprezar a banalidade e o comum. O comum é aborrecido, por isso vamos sempre buscar adrenalina. Seja qual for a sensação, que seja real.
Daí o choro, daí o que os tolos chamam de insanidade. Tolos? Razoáveis?
Ver precipícios em terra plana. Confundir a realidade e a imaginação, opondo-os e brincando com eles qual peças de lego.
Pobre actor que em pleno palco se contorce e pavoneia para nunca mais se ouvir. É uma história contada por um parvo, toda ela som e fúria mas que nada significa.
Retirei-o do meu peito assim que soube que não era de pedra, embrulhei-o e pus-lhe um laço, para se manter sempre quente e bonito, entreguei-to. Não sabia que eras fã de malabarismo. Vais-lhe dando voltas, atiras ao ar, apanhas, abraças e atiras outra vez.
Nunca sei o que esperar. Fico aos pulos à beirinha, a ver se caio ou se há onde me agarrar. Nunca sei. Por vezes sopra um vento quente que me acompanha e aconchega, permitindo que adormeça enroscada a um canto, com o sono mais tranquilo do mungo. Por vezes balanceio-me numa só perna sem saber se o próximo passo é a queda.
Girl, you gotta love your man.
Girl, you gotta love your man.

Sem comentários: