segunda-feira, julho 11, 2011

Why do we do?

Por que vivemos?
A sério... Por que vivemos?
Por quem? Para quê? Porquê?
Não há nada por que valha a pena lutar.
Nada por que valha a pena sofrer.
Há pessoas que gostam de nós e nós delas... Um mundo de cafés e cigarros. Ideias de um futuro... Que futuro? Empregos das 9 às 5? Sonhos de teatro e Hollywood? Que teatro? Que Hollywood? Já não há arte, já não há sonhos... Que futuro?
As pessoas já não sabem amar.
As pessoas já não sabem viver.
Um mundo em paz há 60 anos... É isto ao que chegámos? Não há nada por que lutar. A arte não me diz nada. O dia-a-dia não me diz nada.
Não tenho nenhuma vocação especial.
Não tenho nenhum emprego especial.
Nada do que eu faço é especial.
Para que viver?
Para que passar o tempo à espera? E do quê? Eu não espero nada.
Deixei de ter medo. Não tenho medo de ser assaltada, violada, cortada aos pedaços. Não tenho medo de andar de avião. Se cair, e depois? Não tenho medo de beber de mais. Se morrer, e depois?
Sinto vergonha de pensar estes pensamentos.
Sinto vergonha de escreve-los.
Sinto vergonha de os publicar num sítio, que ainda que ninguém leia, está ao alcance de toda a gente. Sinto vergonha. Mesmo. De mim, das pessoas que pensam isto.
Mas a verdade é esta.
Se eu pudesse sair sem magoar ninguém, sairía. Não posso.
Eu não percebo.
Juro que não percebo.
Por que vivemos.

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