sábado, junho 30, 2007
sexta-feira, junho 29, 2007
Prateleiras
Agora que chegámos (quase) ao fim, olho para trás e coloco em prateleiras tudo o que aconteceu durante este ano. Um ano não propriamente fácil...
Foi o ano em que ali entrei. Um sítio com o qual sonhava há anos... Não foi bem como pensava que iria ser, iludi-me, desiludi-me, ri, chorei, ri, pensei que ía matar alguém, tomei decisões (algumas delas pouco acertadas), fascinei-me, aprendi (muito!). Aqui correram boatos, histórias, anedotas....O sítio que se tornou a minha (nossa) segunda casa. A segunda família. E as famílias têm de tudo.
Foi este ano que te conheci melhor, que te redescobri à minha maneira e em que percebi que és minha. De certa forma, a minha cidade.
Foi o ano em que vos vi em palco pela primeira vez, e pela segunda, e anseio pela terceira como uma criança que espera pelo Natal.
Foi o ano que nos destruiu. Que me fez perceber que te amo, mas que não consigo viver contigo. Não sei lidar contigo, magoo-te... O nosso confronto de personalidades tornou-se cada vez mais forte e aproxima-se cada vez mais àquilo que eu mais temo. Tivemos discussões, fizemos as pazes... E vai ser sempre assim... Até que, um dia, talvez aconteça alguma coisa.
Foi quando eu me meti contigo. Por curiosidade. Por estupidez. Senti saudades tuas e fui ter contigo. Foi um erro que talvez nunca devesse ter acontecido. Enganei-me quando pensei que era verdade aquilo que pensava que ía na minha cabeça, mas depressa percebi que não. Aproveitei isso para crescer, para aprender, para me compreender.
Foi o ano em que me afastei de ti. Não foi por mal... Nem de propósito. Magooei-te talvez... Mas ambas sabemos que não é pela falta dos telefonemas (nunca mais te liguei) que vai mudar aquilo que eu sinto por ti. Desculpa.
Tu decidiste assentar. Culpei-te, entendi-te. Somos sangue do mesmo sangue, temos o mesmo feitito, a mesma semelhança... E eu adoro-te.
Este ano eu escrevi, comecei este blog e não me consigo separar dele.
Usei-te. Nunca simpatizei contigo.
Pisei-te. Tive medo. Tenho medo. Falta-me a coragem e a sensibilidade. Vou ter que aprender a lidar contigo. Porque te amo. Porque sim.
Voltei a cometer o mesmo erro. Meti-me contigo (onde é que eu já li isto?). Sem querer, por acaso... Senti-me bem e fui egoísta. Deste-me o que me fazia tanta falta. Percebemos a tempo que estava errado... E fico feliz por isso.
Conheci pessoas excepcionais. R., desde o princípio e para muito mais. R., a tua inteligência, o teu apoio. R., enervaste-me, afastei-me e voltei para ficar. R., copy-paste. L., o teu feitio. L., o teu talento. M., a tua alegria. G., a simpatia. S., a força. Tantas conversas, tantos risos, tantas discussões, tantos dias, tantas manhãs, tantas noites, tantas bebedeiras, ...Todos os outros mais, tudo.
Não foi um ano totalmente positivo. Nunca pode ser. Virá outro...
Foi o ano em que ali entrei. Um sítio com o qual sonhava há anos... Não foi bem como pensava que iria ser, iludi-me, desiludi-me, ri, chorei, ri, pensei que ía matar alguém, tomei decisões (algumas delas pouco acertadas), fascinei-me, aprendi (muito!). Aqui correram boatos, histórias, anedotas....O sítio que se tornou a minha (nossa) segunda casa. A segunda família. E as famílias têm de tudo.
Foi este ano que te conheci melhor, que te redescobri à minha maneira e em que percebi que és minha. De certa forma, a minha cidade.
Foi o ano em que vos vi em palco pela primeira vez, e pela segunda, e anseio pela terceira como uma criança que espera pelo Natal.
Foi o ano que nos destruiu. Que me fez perceber que te amo, mas que não consigo viver contigo. Não sei lidar contigo, magoo-te... O nosso confronto de personalidades tornou-se cada vez mais forte e aproxima-se cada vez mais àquilo que eu mais temo. Tivemos discussões, fizemos as pazes... E vai ser sempre assim... Até que, um dia, talvez aconteça alguma coisa.
Foi quando eu me meti contigo. Por curiosidade. Por estupidez. Senti saudades tuas e fui ter contigo. Foi um erro que talvez nunca devesse ter acontecido. Enganei-me quando pensei que era verdade aquilo que pensava que ía na minha cabeça, mas depressa percebi que não. Aproveitei isso para crescer, para aprender, para me compreender.
Foi o ano em que me afastei de ti. Não foi por mal... Nem de propósito. Magooei-te talvez... Mas ambas sabemos que não é pela falta dos telefonemas (nunca mais te liguei) que vai mudar aquilo que eu sinto por ti. Desculpa.
Tu decidiste assentar. Culpei-te, entendi-te. Somos sangue do mesmo sangue, temos o mesmo feitito, a mesma semelhança... E eu adoro-te.
Este ano eu escrevi, comecei este blog e não me consigo separar dele.
Usei-te. Nunca simpatizei contigo.
Pisei-te. Tive medo. Tenho medo. Falta-me a coragem e a sensibilidade. Vou ter que aprender a lidar contigo. Porque te amo. Porque sim.
Voltei a cometer o mesmo erro. Meti-me contigo (onde é que eu já li isto?). Sem querer, por acaso... Senti-me bem e fui egoísta. Deste-me o que me fazia tanta falta. Percebemos a tempo que estava errado... E fico feliz por isso.
Conheci pessoas excepcionais. R., desde o princípio e para muito mais. R., a tua inteligência, o teu apoio. R., enervaste-me, afastei-me e voltei para ficar. R., copy-paste. L., o teu feitio. L., o teu talento. M., a tua alegria. G., a simpatia. S., a força. Tantas conversas, tantos risos, tantas discussões, tantos dias, tantas manhãs, tantas noites, tantas bebedeiras, ...Todos os outros mais, tudo.
Não foi um ano totalmente positivo. Nunca pode ser. Virá outro...
terça-feira, junho 26, 2007
Divagações das 2 da manhã.
Ouço as músicas, revejo o texto, desenho e redesenho o cenário. Tomo banho. Escrevo apontamentos, reescrevo apontamenos, sublinho, risco, desenho no canto da folha. Ouço as músicas, tento escolher as adequadas. Saio de casa. Vou ao Leandro. Volto do Leandro. Releio os apontamentos. Rasgo os apontamentos. Reescrevo os apontamentos. Ouço mais músicas. Decoro texto. Canto o "Esopo". Escrevo o conto. Não consigo escrever o conto. Volto a ouvir músicas. Penso nas personagens, tenho ideias, escrevo as ideias, desenho no canto da folha. Abro o livro, leio o livro, fecho o livro. Espreito o conto, fecho a janela. Bebo leite, roo a palhinha. Adormeço com a cara no teclado. Volto a escrever o conto. Volto a bloquear no conto. Apontamentos, músicas, crimes, Esopo.....................
E no meio disto tudo espero.
E no meio disto tudo espero.
segunda-feira, junho 25, 2007
É divertido.
Nunca experimentaste matar alguém porque não sabias o que fazer? Por tédio?
É divertido.
É divertido.
Crimes exemplares
sábado, junho 23, 2007
Só uma coisinha...
Não te apaixones por mim... não se pode confiar nas pessoas.
Quando o Inverno chegar
quinta-feira, junho 21, 2007
vive
grita dança chora berra ri canta pula brinca salta resmunga boceja fala conversa ouve sente desfaz sorri cora pinta passeia fotografa observa repara voa cai anda corre bate morre goza cozinha adora odeia abraça vai foge faz sê imagina cria aprende promete venera bebe solta veste corta escreve toca mente cita alegra modifica escolhe acredita vive
quarta-feira, junho 20, 2007
A minha vida dava um filme digno de Hollywood
Play
Pause
Rewind
Play (again)
Stop!
-Hey! Porque é que ela não contrata outro realizador?
Pause
Rewind
Play (again)
Stop!
-Hey! Porque é que ela não contrata outro realizador?
segunda-feira, junho 18, 2007
domingo, junho 17, 2007
sexta-feira, junho 15, 2007
quarta-feira, junho 13, 2007
segunda-feira, junho 11, 2007
sexta-feira, junho 08, 2007
Kitchen / Ruínas - II
Fase 2- Escolha de cores/materiais.
Conclusão: É fisicamente impossível escolher seja o que for que agrade aos três. Eu pessoalmente, desisto.
Conclusão: É fisicamente impossível escolher seja o que for que agrade aos três. Eu pessoalmente, desisto.
quinta-feira, junho 07, 2007
quarta-feira, junho 06, 2007
Conto sobre a solidão: Dário.
Acordou a horas, como sempre. Sete da manhã e chove lá fora. Levanta-se quase sem abrir os olhos e sem acender a luz. Calça as pantufas nos pés errados e bocejando vai até à cozinha. Sal, em vez de açúcar, no café- É o costume. Já nem se dá conta. Duche de água fria. Voltara a esquecer-se de pagar a conta do gás.
Sai de casa. Sete e quarenta e cinco. Abre o guarda-chuva e desce a rua, mergulhado em sonhos. Sonhos esses que nem sabia que era capaz de sonhar. Comboio das sete e cinquenta e seis. Procura um lugar para se sentar. Sozinho.
-Próxima paragem: São Pedro do Estoril.
Nada de novo no jornal. Demora 6 paragens a resolver o sudoku, apesar deste estar identificado como "fácil". Em Algés, uma jovem de longos cabelos ruivos e um olhar extremamente misterioso... ou talvez ensonado... senta-se no banco ao lado. Boss Deep Red é o cheiro. Odiava-o. Doce de mais, achava. Não lhe falou. Nunca tivera jeito para meter conversa. No entanto, vontade não lhe faltou.
Cais do Sodré. Atropelado por dezenas de pessoas apressadas, sai do comboio. Metro, eléctrico...
Nove da manhã. Já não chove. Elevador. Secretária, arrumada do dia anterior. Cartas, contas, telefonemas...
Às dez para as dez fuma o primeiro cigarro. Lucky Strike.
Almoça às duas horas. Sopa de legumes e panados de porco, sentado no canto do café ao lado da janela.
Às três da tarde volta para a secretária. Mais contas, mais cartas, mais telefonemas...
Volta para casa no comboio das seis e quarenta e um. Vai dormitando no assento até S.João, a sua paragem.
Voltara a chover. Abre o seu guarda-chuva...
Lá está ela! A ruiva de cabelos compridos que vira de manhã, sentada num banco de estação a ler um livro. Não a viu. Seguiu o seu caminho, subindo a rua pensativo. A pensar sobre nada. Ou sobre tudo.
Em casa às sete e meia.
Aquece, no microondas, o jantar. Uma daquelas caixinhas de massas instantâneas. Come a ver o telejornal.
Antes de dormir, lê na cama um livro. "Cem anos de Solidão" de Garcia Marquez.
Na pag.91 é interrompido por um telefonema.
-Estou sim.
-Miguel?
-Não. O meu nome é Dário.
-Desculpe, então. É engano.
Com isto adormece. Sozinho. Sempre sozinho. Talvez por mais cem anos.
Sai de casa. Sete e quarenta e cinco. Abre o guarda-chuva e desce a rua, mergulhado em sonhos. Sonhos esses que nem sabia que era capaz de sonhar. Comboio das sete e cinquenta e seis. Procura um lugar para se sentar. Sozinho.
-Próxima paragem: São Pedro do Estoril.
Nada de novo no jornal. Demora 6 paragens a resolver o sudoku, apesar deste estar identificado como "fácil". Em Algés, uma jovem de longos cabelos ruivos e um olhar extremamente misterioso... ou talvez ensonado... senta-se no banco ao lado. Boss Deep Red é o cheiro. Odiava-o. Doce de mais, achava. Não lhe falou. Nunca tivera jeito para meter conversa. No entanto, vontade não lhe faltou.
Cais do Sodré. Atropelado por dezenas de pessoas apressadas, sai do comboio. Metro, eléctrico...
Nove da manhã. Já não chove. Elevador. Secretária, arrumada do dia anterior. Cartas, contas, telefonemas...
Às dez para as dez fuma o primeiro cigarro. Lucky Strike.
Almoça às duas horas. Sopa de legumes e panados de porco, sentado no canto do café ao lado da janela.
Às três da tarde volta para a secretária. Mais contas, mais cartas, mais telefonemas...
Volta para casa no comboio das seis e quarenta e um. Vai dormitando no assento até S.João, a sua paragem.
Voltara a chover. Abre o seu guarda-chuva...
Lá está ela! A ruiva de cabelos compridos que vira de manhã, sentada num banco de estação a ler um livro. Não a viu. Seguiu o seu caminho, subindo a rua pensativo. A pensar sobre nada. Ou sobre tudo.
Em casa às sete e meia.
Aquece, no microondas, o jantar. Uma daquelas caixinhas de massas instantâneas. Come a ver o telejornal.
Antes de dormir, lê na cama um livro. "Cem anos de Solidão" de Garcia Marquez.
Na pag.91 é interrompido por um telefonema.
-Estou sim.
-Miguel?
-Não. O meu nome é Dário.
-Desculpe, então. É engano.
Com isto adormece. Sozinho. Sempre sozinho. Talvez por mais cem anos.
terça-feira, junho 05, 2007
Não tenho sono.
Tenho fome. Tenho sede.
Não tenho cozinha.
Tenho uma enorme vontade de, subitamente, escrever alguma coisa que seja estrondosamente bela. Não me sai. Nem vai sair. Nem ía sair. Mas vontade... essa tenho.
Tenho que ir ver "A Gaivota" do Cornucópia. Falta arranjar coragem. Coragem e companhia.
Tenho que, finalmente, estruturar o trabalho de TPT... Não sai NADA.
Não me apetece ter a Mané amanhã (hoje) de manhã.
Não devia ter escrito o que acabei de escrever. Ora bolas.
....
O que eu realmente queria era acordar amanhã de manhã, meter-me num carro, num comboio, num barco, num avião... E seguir em frente. Sair e só voltar daqui a uns 2, 3 meses... anos...
Isso... era o que eu realmente queria.
Tenho fome. Tenho sede.
Não tenho cozinha.
Tenho uma enorme vontade de, subitamente, escrever alguma coisa que seja estrondosamente bela. Não me sai. Nem vai sair. Nem ía sair. Mas vontade... essa tenho.
Tenho que ir ver "A Gaivota" do Cornucópia. Falta arranjar coragem. Coragem e companhia.
Tenho que, finalmente, estruturar o trabalho de TPT... Não sai NADA.
Não me apetece ter a Mané amanhã (hoje) de manhã.
Não devia ter escrito o que acabei de escrever. Ora bolas.
....
O que eu realmente queria era acordar amanhã de manhã, meter-me num carro, num comboio, num barco, num avião... E seguir em frente. Sair e só voltar daqui a uns 2, 3 meses... anos...
Isso... era o que eu realmente queria.
sábado, junho 02, 2007
Acordar todos os dias, ir para o mesmo sítio. Fechado. Pouco agradável.
As mesmas pessoas, a mesma cor das paredes, os mesmos timbres de voz, o mesmo ruído. Aquele... o que não deixa espaço para sonhos.
Sem projectos para o futuro.
A rotina.
A rapidez.
O cansaço.
Saber mais? Para quê? Nunca vão sair dali... Ou será que vão, um dia?
Passar uma tarde inteira deitados num banco de jardim, a apanhar sol. Não há nada a fazer... O serviço recomeça às seis e meia.
Até lá... não há presente e mal há passado. Não há pressas. Não há NADA.
Recomeça.
Igual a ontem. Igual a anteontem. Igual a amanhã.
A rotina. A rapidez. O cansaço. O barulho.
E vai acumulando.
Acumulando....
As mesmas pessoas, a mesma cor das paredes, os mesmos timbres de voz, o mesmo ruído. Aquele... o que não deixa espaço para sonhos.
Sem projectos para o futuro.
A rotina.
A rapidez.
O cansaço.
Saber mais? Para quê? Nunca vão sair dali... Ou será que vão, um dia?
Passar uma tarde inteira deitados num banco de jardim, a apanhar sol. Não há nada a fazer... O serviço recomeça às seis e meia.
Até lá... não há presente e mal há passado. Não há pressas. Não há NADA.
Recomeça.
Igual a ontem. Igual a anteontem. Igual a amanhã.
A rotina. A rapidez. O cansaço. O barulho.
E vai acumulando.
Acumulando....
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